Os bancos aguardam a atualização do sistema Dataprev para começarem a liberar o empréstimo consignado com a nova modalidade de crédito. São os consignados com margem de 40% para os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Leia mais: Dinheiro esquecido: Conheça o maior valor a receber sacado por uma pessoa
Assim, as instituições financeiras se organizam para oferecer o empréstimo maior aos aposentados e pensionistas. Os valores serão descontados todos os meses da folha de pagamento dos benefícios.
Empréstimo consignado
Pelas novas regras, os aposentados e pensionistas do INSS, assim como as pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) podem solicitar a nova modalidade de crédito. A mudança permite comprometer até 40% do valor do benefício pago.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), as instituições aguardavam a publicação da instrução normativa com atualização do sistema Dataprev para só então começarem a liberar os empréstimos.
Assim, 35% do total de 40% serão destinados para as operações de empréstimo pessoal convencional com desconto em folha. Os outros 5% serão com os gastos de transações do cartão. A taxa de juros seguirá a mesma, sendo 2,14% nas operações de crédito consignado convencionais. E de 3,06% nas transações com cartão de crédito.
Apesar da facilidade, a orientação dos especialistas é que os segurados e demais beneficiários que têm direito à nova modalidade de crédito repensem a necessidade de contratação. Isso porque o consignado deve comprometer boa parte da renda.
Por isso, a orientação é contratar o empréstimo em caso de extrema necessidade para não correr o risco de ficar endividado. A preocupação se justifica com o aumento de segurados do INSS que fizeram pedidos de consignados de 2019 para cá.
Só para se ter uma ideia, dados oficiais do INSS mostram que o número de pedidos subiu de 32,5 milhões em 2019 para 40,5 milhões em 2021. Assim, o aumento da margem de empréstimo para 40% pode ser um incentivo para a busca maior pelo crédito. Por isso é essencial ter cautela e saber quanto é possível comprometer com parcelas a renda mensal.