Mais de meio milhão de trabalhadores ainda não sacaram o abono salarial do PIS/Pasep referente ao ano-base 2020. Os beneficiários têm até 29 de dezembro para fazerem o saque. O valor total chega a R$ 523,2 milhões, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência.
Leia mais: Auxílio Brasil: até quando as famílias podem movimentar o dinheiro?
Neste ano, a Caixa vai liberar até três saques do PIS/Pasep. O valor do benefício é de até um salário mínimo, ou seja, R$ 1.212. Apesar disso, o cálculo leva em conta a quantidade de meses trabalhados durante o ano-base. Por essa razão, os valores variam de acordo com a realidade de cada trabalhador.
Abono aos trabalhadores
Segundo o Ministério do Trabalho, 560 mil trabalhadores deixaram de sacar o abono salarial referente ao ano de 2020. Apesar do fim do calendário de saque, o dinheiro continua disponível até o final do ano.
O pagamento é feito de duas formas. Para quem é da iniciativa privada, o repasse dos valores é de responsabilidade da Caixa Econômica Federal com o PIS. Já os servidores públicos recebem o Pasep pelo Banco do Brasil. Dessa forma, para ter direito ao abono os trabalhadores precisam ter o cadastro no PIS/Pasep há pelo menos 5 anos.
A renda mensal em 2020 não pode ter sido maior que dois salários mínimos. Outra regra é a exigência do trabalho com carteira assinada por pelo menos 30 dias no ano-base.
Além dos esquecidos de 2020, cerca de 320 mil pessoas também têm valores a receber do ano-base 2019. Os trabalhadores têm até 29 de dezembro para solicitarem os valores. Se a quantia não for resgatada dentro do prazo, o cidadão vai ter que esperar uma nova liberação do governo federal.
Outro recurso que pode ser usado pelo trabalhador é a cota do fundo do PIS/Pasep. Segundo a Caixa, mais de 10,6 milhões de pessoas podem sacar os valores. O acumulado chega a R$ 23 bilhões. Neste caso vale para quem trabalhou de carteira assinada entre 1971 e 1988.
Pela regra, os herdeiros podem sacar o abono salarial do PIS/Pasep em caso de morte do titular. Para solicitar os valores é só entrar em contato pelo 158 ou comparecer em uma agência do Ministério do Trabalho e Previdência. Outra opção é o aplicativo Carteira de Trabalho Digital (CTPS).
