Como comprar um carro zero sem ter que arcar com juros altos de financiamento

Opções de investimento podem ser uma boa saída para quem deseja comprar um veículo novo sem financiamento.



Os preços de carros novos e usados disparou nos últimos meses, ultrapassando a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O momento não é bom para quem quer financiar um veículo, já que os juros no país atingiram seu patamar mais alto em cinco anos.

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Em média, o aumento foi de 18,24% nos doze meses até março, enquanto o IPCA ficou por volta de 11,3%. Em valores nominais, os carros usados hoje valem mais do que na época em que foram comprados.

 

Já a taxa para financiamento de veículos varia de 14,6% a até 56% ao ano, segundo o Banco Central. A dica para quem quer evitar os juros do financiamento é aproveitar o rendimento de investimentos e poupar para pagar à vista.

“É verdade que poupar para adquirir o carro mais adiante tem o lado negativo de abrir mão desse conforto por alguns meses. Sempre é possível investir, mesmo em ambientes mais difíceis. E, agora, o cenário está mais favorável ao investidor mais conservador, aquele que gosta mais da renda fixa e tem aversão ao risco”, afirma Thiago Godoy, chefe de educação financeira da Xpeed School.

Carro zero sem financiamento

A mesma taxa de juros no Brasil que deixa a parcela do financiamento mais cara aumenta a rentabilidade das aplicações de renda fixa. Isso significa que Tesouro Selic, fundos DI, CDBs e LCIs estão gerando retornos maiores do que há um ano.

 

“O investimento ajuda o aplicador a reduzir esse tempo de espera porque o rendimento das aplicações acelera o acúmulo de capital”, diz Antônio Sanches, especialista em investimentos da Rico.

Especialistas apontam o passo a passo para quem quer comprar um carro novo com o retorno de investimentos. Confira:

Planejar: como o cenário está favorável para investidores mais conservadores, é hora de apostar na renda fixa e se planejar financeiramente.

Separar o valor da aplicação: uma boa regra a ser adotada é a 60-20-20. A cada R$ 100 que entra no orçamento, R$ 60 vão para gastos essenciais, R$ 20 para prioridades financeiras e investimentos, e R$ 20 para lazer e compras.

Escolher onde investir: o ideal é escolher alternativas que acompanhem o IPCA, já que o veículo pode passar por reajustes de preço ao longo desse período. Se o plano é comprar o carro em até dois anos, a dica é apostar no Tesouro Selic. Para prazos maiores, o Tesouro IPCA é mais recomendável.

 

Ter cuidado com os prazos: o investidor pode perder dinheiro se precisar resgatar a aplicação antes do tempo acordado. “Essas opções podem ser interessantes desde que o aplicador possa casar o vencimento da aplicação com o prazo para a aquisição do bem”, explica Godoy.

Considerar os custos do veículo: por fim, é preciso considerar as novas despesas com o carro na garagem, como licenciamento, combustível, manutenção e seguro. Tudo isso deve entrar no orçamento.




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