Mesmo com o fim da bandeira tarifária de escassez hídrica, a mais cara de todas, a conta de energia de alguns brasileiros pode continuar apertando o orçamento. A fatura deve custar até 25% a mais aos moradores de oito estados do país.
Leia mais: Bolsonaro sanciona MP que torna Auxílio Brasil de R$ 400 permanente
De acordo com as distribuidoras, o reajuste é por conta da tarifa que ficou represada nos anos mais críticos da pandemia da Covid-19. Os aumentos foram autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Energia 25% mais cara
O reajuste chega a 20% em Alagoas e 21% na Bahia. Segundo as distribuidoras, o represamento foi nos anos de 2020 e 2021. O cálculo foi apresentado pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) à Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
De acordo com a Associação, todos os reajustes deste ano são referentes aos períodos anteriores. Além disso, a Abradee justifica que R$ 28,34 bilhões deixaram de ser repassados nos dois anos citados.
Alguns deputados têm apresentados projetos de lei para evitar ou cancelar o reajuste. É o caso da proposta do deputado Danilo Cabral (PSB-PE), que quer evitar o aumento de 18,98% em Pernambuco.
A preocupação é que os aumentos diante do cenário atual da economia brasileira leve mais famílias à inadimplência. Até porque a inflação alta e o desemprego seguem prejudicando as famílias.
Assim, o aumento na conta de luz em oito estados pode comprometer ainda mais quem é de baixa renda. Para outros, adiar a cobrança pode deixar a conta ainda mais alta a longo prazo.
Pela decisão da Aneel, o aumento está autorizado na Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Mato Grosso, Sergipe, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Além disso, os estados de Minas Gerais e Goiás podem ser incluídos.