Milhares de brasileiros ainda não sacaram os recursos “esquecidos” do PIS/Pasep. Ao todo, mais de 300 mil pessoas têm acesso ao dinheiro do benefício referente ao ano-base 2019, mas estão demorando para ir resgatá-lo.
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O valor do abono esquecido de 2019 varia entre R$ 92 e R$ 1.100, conforme a quantidade de meses trabalhados pelo beneficiário no referido ano-base. O montante acumulado também impressiona: são R$ 208 milhões que ainda permanecem intactos e apenas aguardando o saque pelos trabalhadores de direito.
O governo federal tinha programado liberar o crédito retroativo junto com o calendário PIS/Pasep de 2022. No entanto, a autorização para os saques chegou apenas no final de março. A partir de então, os beneficiários passaram a ter direito ao resgate do dinheiro, com data limite de retirada até o dia 29 de dezembro deste ano.
Quem pode sacar o abono PIS/Pasep?
Podem realizar o saque do benefício retroativo os trabalhadores que cumprirem os seguintes requisitos:
- Ter recebido salário mensal na média de até dois salários mínimos durante o ano-base de 2019;
- Ter exercido atividade remunerada com carteira assinada para empresas com CNPJ por pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração;
- Estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos;
- Estar com os dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)/eSocial.
Como consultar o PIS/Pasep retroativo?
Para saber se possui valores “esquecidos” no PIS/Pasep, o trabalhador pode baixar o aplicativo Carteira de Trabalho digital (disponível para Android e iOS). Com uma conta Gov.br, ele tem acesso às informações do abono na seção “Benefícios”. Outra forma de consulta é por meio do telefone 158.
Como resgatar o abono salarial retroativo?
Para sacar os valores esquecidos do PIS/Pasep, o beneficiário pode fazer um requisição junto ao Ministério do Trabalho e Previdência. O processo está habilitado nas seguintes formas:
- O trabalhador pode se dirigir até uma das unidades regionais do Ministério do Trabalho e solicitar o saque do dinheiro; ou
- O trabalhador pode enviar um e-mail para o endereço trabalho.uf@economia.gov.br solicitando o resgate. Para isso, é necessário trocar o “uf” pela sigla do estado em que ele reside.