A nova geração de internet móvel está prestes a chegar às 26 capitais do Brasil e ao Distrito Federal, mas o processo deve levar mais tempo no resto do país. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) finalizou leilão do 5G nesta semana, e o próximo passo é a instalação da tecnologia necessária pelas operadoras.
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A entidade divulgou um cronograma que prevê a chegada da tecnologia nas capitais em julho de 2022. Já o prazo para as cidades com mais de 30 mil habitantes vai até julho de 2029.
Fontes ligadas ao setor acreditam que o prazo de implementação do 5G em todos os bairros das maiores cidades do país levará de 2 a 4 anos. A tendência é que a novidade seja expandida aos poucos nos próximos anos.
Controvérsias
No edital do 5G, está prevista a instação de poucas estações rádio base (ERB), as antenas necessárias para oferecer cobertura. Isso deixará a área coberta pela nova tecnologia bastante restrita, inclusive nas capitais.
O ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), chegou a dizer em uma audiência na Câmara dos Deputados que a chegada do 5G em todas as capitais brasileiras até julho é para “inglês ver”.
O projeto exige muitas antenas para que tudo o potencial da nova geração de internet seja entregue. Cada operadora ficará responsável por instalar a infraestrutura de fibra óptica necessária para o transporte de dados.
Já Marcos Ferrari, presidente-executivo da entidade que representa as operadoras (Conexis), acredita que a implementação pode ocorrer até mesmo antes do previsto pela Anatel. Segundo ele, isso depende da demanda dos clientes e da competição do mercado.
“A partir de julho de 2022, conforme está no edital, começa a ligar [o 5G] nas capitais. E aí a competição vai determinando o ritmo de instalação de antenas”, disse.
Cronograma da Anatel
As datas de chegada da tecnologia no país estão previstas pela Anatel da seguinte maneira:
- 31/07/2022: capitais e Distrito Federal (DF), sendo uma antena para cada 100 mil habitantes;
- 31/07/2023: capitais e DF, sendo uma antena para cada 50 mil habitantes;
- 31/07/2024: capitais e DF tendo uma antena para cada 30 mil habitantes;
- 31/07/2025: capitais e DF e cidades com mais de 500 mil habitantes, sendo uma antena para cada 10 mil habitantes;
- 31/07/2026: cidades com mais de 200 mil habitantes, sendo uma antena para cada 15 mil habitantes;
- 31/07/2027: cidades com mais de 100 mil habitantes, sendo uma antena a cada 15 mil habitantes;
- 31/07/2028: ao menos 50% das cidades com mais de 30 mil habitantes, sendo uma antena a cada 15 mil habitantes;
- 31/07/2029: 100% das cidades com mais de 30 mil habitantes, sendo uma antena a cada 15 mil habitantes.
No caso das cidades com até 30 mil habitantes, está prevista a instalação de até 5 antenas, de acordo com o tamanho da população. O cronograma para esses municípios é diferente:
- 31/12/2026: 30% das cidades com até 30 mil habitantes;
- 31/12/2027: 60% das cidades com até 30 mil habitantes;
- 31/12/2028: 90% das cidades com até 30 mil habitantes;
- 31/12/2029: 100% das cidades com até 30 mil habitantes.
