Os efeitos da inflação são sentidos todos os dias por milhões de brasileiros, especialmente pelas famílias de baixa renda. Essas pessoas, que muitas vezes vivem com apenas um salário mínimo, vivem na expectativa de novos aumento no valor do piso nacional.
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Por lei, o governo federal é obrigado a reajustar o mínimo com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação acumulada no ano anterior. A expectativa de correção prevista para 2023 já foi publicada no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) enviado ao Congresso.
De acordo com o documento, os salários mínimos previstos dos próximos anos são de R$ 1.294 (2023), R$ 1.337 (2024) e R$ 1.378 (2025). Os índices de reajuste considerados foram de 6,7%, 2,8% e 2,9%, respectivamente.
Contudo, o avanço desenfreado da inflação pode fazer com que o governo eleve esses patamares nos próximos meses. O último boletim da Secretaria de Política Econômica (SPE) mostra que o INPC deve terminar o ano em 8,10%, e não nos 6,7% adotados no cálculo.
Como se trata de uma previsão, o número ainda sofrerá mudanças até janeiro do próximo ano. Sendo assim, é bem possível que o salário mínimo de 2023 fique acima do previsto até então.
Reajuste não é aumento
A correção no valor do piso nacional feita desde o início do governo de Jair Bolsonaro não oferece um aumento real para os trabalhadores. Ela apenas garante que não haja redução no poder de compra.
Na prática, isso significa que não há aumento real no salário mínimo, ou seja, os cidadãos não passam a ganhar mais dinheiro.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o mínimo atualmente serve de referência para 56,7 milhões de brasileiros, sendo 24,2 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).