O processo de privatização da Eletrobras promete movimentar R$ 67 bilhões no decorrer dos próximos anos. Desse total, R$ 25,3 bilhões vão direto para o caixa do governo federal. Estamos falando da maior empresa de energia elétrica da América Latina. Mas e os impactos para o bolso do consumidor na conta de luz? Como ficam?
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Qual será o impacto para o consumidor caso a Eletrobras seja privatizada?
De acordo com especialistas, aqueles que aguardam uma queda brusca no valor da conta podem se decepcionar, pois o mais possível é uma redução pequena e temporária na fatura. Além disso, essa leve queda só deve vigorar nos primeiros anos após a privatização da estatal.
Nesse sentido, uma queda mais substancial na conta de luz mensal não deve acontecer. Um dos motivos são os chamados “jabutis” – jargão usado para tratar dos trechos incluídos em um Medida Provisória (MP) que excedem o assunto primordial da proposta. Neste caso em específico, eles terminaram por aumentar os custos da operação.
De quanto será a redução?
Segundo cálculos de analistas, o abrandamento na conta de energia residencial após a privatização deve ficar abaixo dos 3% em 2022. O percentual, no entanto, servirá apenas para suavizar os impactos de um novo avanço no preço da fatura de luz, aguardado para esse ano.
Para a TR Soluções, esse aumento médio será de 11,9% em 2022, mas com a privatização ele deve ficar em cerca de 9%. Portanto, pouco significativo.
Vale destacar que, a princípio, o alívio na conta de luz será possível devido o envio de parte do dinheiro obtido pela privatização ao CDE, que é um fundo bilionário bancado pelos consumidores por meio da conta de luz mensal.
A previsão é de que dos R$ 32 bilhões que a CDE deve receber com a privatização da Eletrobras, cerca de R$ 5 bilhões sejam repassados logo no primeiro ano.