O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou na última sexta-feira, 24, enquanto participava da cerimônia de entrega de moradias do programa habitacional Casa Verde e Amarela em João Pessoa (PB), que o valor do Auxílio Brasil pode passar dos atuais R$ 400 para R$ 600. Um aumento de R$ 200.
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Em sua fala, o presidente disse que o Brasil e o mundo passam por momentos difíceis, principalmente por causa da inflação e consequente aumento nos preços de produtos.
“Vivemos momentos difíceis no nosso Brasil e no mundo. Uma inflação, aumento de preço, que atinge o mundo todo. Mas isso a gente supera. Como a imprensa está anunciando, o Auxílio Brasil vai passar de R$ 400 para R$ 600. É o governo entendendo o sofrimento dos mais humildes e, dessa forma, buscando atender a todos”, declarou Bolsonaro.
Comparação com o Bolsa Família
O mandatário fez ainda uma comparação com o antigo Bolsa Família, que foi substituído pelo Auxílio Brasil. Bolsonaro citou que no programa anterior, quem trabalhasse era excluído da lista de beneficiados, mas que com o Auxílio Brasil, o cidadão que trabalha continua recebendo a ajuda.
“Lá atrás, com o Bolsa Família, quem fosse trabalhar perdia o benefício. Com o Auxílio Brasil, pode trabalhar que não vai perder”, completou o presidente.
No entanto, é importante lembrar que, conforme as regras de emancipação do Auxílio Brasil, o valor continua sendo pago pelo prazo de até dois anos, contanto que a renda familiar não exceda o montante de R$ 525 por pessoa.
Novo pacote de programa sociais
A medida que pretende aumentar o valor do auxílio Brasil está sendo negociada com o governo federal junto ao Congresso Nacional. Além do aumento de R$ 200 para o benefício de transferência de renda, também existe a previsão de aumento do vale-gás e criação do auxílio caminhoneiro no valor de R$ 1 mil. A medida foi pensada como forma de compensar os aumentos do diesel para a categoria de trabalhadores autônomos.
A previsão é que novos anúncios a respeito dos aumentos sejam divulgados em breve. Para driblar as leis eleitorais, o intuito é incluir o pacote de ações na proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis. O governo também deixará de compensar os estados que se dispusessem a reduzir o ICMS como forma de subsidiar os aumentos.