De acordo com os últimos estudos científicos divulgados, o hábito de consumir café tem efeitos positivos na redução de riscos de diabetes e de mortalidade. Mas, novas evidências científicas apontam que tais contribuições estão associadas apenas ao consumo de café coado em filtro.
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O que exatamente a ciência afirma referente ao café coado em filtro de papel?
O Jornal Europeu de Cardiologia Preventiva publicou um artigo referente a um estudo sobre os efeitos causados pelo café coado em filtros de papel à saúde.
O então estudo, destacou a comparação dos reais benefícios causados pela bebida em grupos de pessoas que tomam café coado em filtro de papel com pessoas que não apreciam a bebida.
Também analisaram os efeitos causados pelos diversos tipos de grãos de café e a maneira com que são feitos.
Conforme o estudo, o café passado em filtro de papel é capaz de barrar substâncias que não reagem bem em nosso organismo, enquanto o café feito em filtro metálico, por exemplo, permite que algumas substâncias como os óleos fiquem concentradas na bebida.
De acordo com a classificação feita pelos pesquisadores, a categorização do café ficou da seguinte forma: os cafés não filtrados são os cafés expresso, instantâneo, os de cápsulas e os feitos em prensa francesa.
Conclusões do estudo
Foi observado que pessoas que bebiam de uma a quatro xícaras de café coado em filtro de papel por dia, tiveram uma menor taxa de mortalidade. No entanto, em pessoas que bebiam acima de nove xícaras de café não filtrado diariamente, o percentual de mortes foi relativamente maior.
O resultado é animador para quem gosta de tomar seu café coado em filtro de papel. Mas, os cientistas destacam que o resultado pode ter sido impactado por diversas variáveis, como estilo de vida e hábitos alimentares dos grupos estudados, além de outros fatores relacionados à idade, doenças crônicas, tabagismo, massa corporal, escolaridade etc.
Resultados similares referentes a estudos passados
O resultado deste estudo fundamenta um outro realizado na década de 80, e outros posteriores, que demonstram a relação do café na diminuição do colesterol, um problema que pode implicar em doenças cardiovasculares, infarto e AVC.
As pesquisas feitas nos anos seguintes afirmam, ainda, que no café existem elementos químicos denominados diterpenos, que causam gordura no sangue. A ingestão desses elementos está associada à maneira em que o café é preparado, ou seja, ao modo de infusão.
Quando o café é feito de maneira não filtrada, há um aumento de 30 vezes mais de diterpenos e kahweol e cafestol, que causam o efeito de acúmulo de gordura no sangue em relação ao café filtrado.
Desta forma, os cientistas acreditam que o café feito em filtro de papel está relacionado à menor mortalidade por causa dos compostos antioxidantes como os polifenóis.
Os polifenóis reduzem problemas de má circulação sanguínea, evitando assim, problemas de trombose e riscos de doenças cardiovasculares.
Conclusões positivas sobre o consumo de café coado em filtro de papel
Portanto, as análises realizadas mostram que tomar café produz bons efeitos em nosso organismo. Contudo, é preciso ter boa dose de moderação, o consumo deve ficar entre 0,5 a 3 xícaras por dia, pois estas são as dosagens relacionadas ao menor risco de infarto.