Demissão do presidente da Petrobras: preços dos combustíveis podem cair agora?

Após José Mauro Coelho deixar o comando da estatal, muitos brasileiros querem saber se isso pode impactar na redução da gasolina e diesel.



Após o aumento dos combustíveis na última semana, uma enxurrada de críticas foi direcionada à Petrobras. Diante da pressão, o presidente da estatal, José Mauro Coelho, acabou renunciando ao cargo após ter sido o terceiro executivo no comando da empresa durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL).

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O anúncio da decisão foi feito na manhã desta segunda-feira, 20. Além da presidência da Petrobras, Coelho também deixa o cargo de membro do Conselho de Administração da estatal.

Em seu lugar, como como novo presidente interino até a eleição e escolha do novo comandante da empresa, ocupa o comando da estatal Fernando Borges, então diretor diretor executivo de Exploração e Produção da Petrobras.

O substituto mais provável de Coelho para tomar a frente da empresa é o secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade. O executivo já havia sido indicado pelo governo federal ao posto há cerca de um mês.

Mas, afinal, preços dos combustíveis podem cair sob a nova administração da Petrobras?

Após o anúncio da renúncia do presidente da Petrobras, o que muita gente gostaria de saber é se tal decisão pode promover a redução nos preços dos combustíveis. A resposta para essa pergunta é não, pois a companhia utiliza cálculos que leva em consideração diversos fatores.

Os preços dos combustíveis são reajustados conforme a Política de Paridade Internacional (PPI). Nela, considera-se a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e as oscilações do dólar (câmbio). Essa forma de calcular os reajustes foi implementada em 2016, durante o governo de Michel Temer.

Sendo assim, para propor uma mudança significativa nesse sentido, seria preciso alterar os estatutos da Petrobras e também na legislação, no que concerne as leis das estatais. Sem que isso de fato ocorra, é pouco provável que apenas uma mudança na presidência da estatal seja capaz de impedir novos aumentos no valor dos combustíveis no Brasil.




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