Inflação nos Estados Unidos já é a maior dos últimos 40 anos

Apenas no mês de março, houve um aumento de 8,54% nos índices inflacionários, na comparação ao mesmo período em 2021.



Os Estados Unidos (EUA) enfrentam a maior inflação das últimas quatro décadas. Mesmo com a taxa de desemprego em queda no país, não há muito o que comemorar. Isso porque o poder de compra dos norte-americanos está menor em comparação aos outros anos.

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Para se ter ideia, apenas no mês de março, houve um aumento de 8,54% nos índices inflacionários, na comparação ao mesmo período em 2021. O principal motivo para essa subida tem origem nos aumentos dos preços dos combustíveis e alimentos por lá.

Inflação nos Estados Unidos

Para Dennis Jansen, professor de economia, ainda não dá para dizer que o país está à beira de uma crise. Porém, o especialista afirma que a situação representa uma alteração de credibilidade para o Federal Bank Reserve (FED), o Banco Central dos EUA.

De acordo com Jansen, as duas últimas rodas do auxílio emergencial, oferecidas no governo Trump e começo da era Biden, contribuíram para a injeção de dinheiro no mercado. Porém, o FED, que deveria conter o impacto da manobra, acabou não agindo com rapidez.

Dessa forma, o poder de compra do cidadão estadunidense acabou caindo, inclusive para quem tinha altos salarial. O cenário também aponta para uma certa dificuldade para o país em repor toda a perda inflacionária.

“Embora todos tenham que desembolsar para consumir itens de necessidade básica, como comida e, na maioria dos casos, gasolina, já que é preciso se deslocar, os mais pobres sofrem mais. A parcela da renda que eles dedicam a essa finalidade é muito maior que a de quem está mais acima da pirâmide social. Em outras palavras, todos sentem a inflação, mas talvez só o pobre a sofra”, disse Jansen.

Tendo que pagar mais para sustentar o custo de vida, a população dos EUA está tendo que conviver com o preço da gasolina 12% mais caro, de itens do supermercado custando até 10% acima do normal, além dos aluguéis, que também tiveram alta de 5% no país.




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