Trabalhadores brasileiros receberão daqui a alguns meses o lucro do FGTS, estimado em 12 bilhões. O valor se refere ao lucro líquido auferido pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em 2021.
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Apesar de os números ainda não estarem consolidados, um balanço prévio divulgado pela Caixa Econômica Federal mostra que, até novembro, o resultado estava em R$ 12,3 bilhões. A distribuição deste ano, contudo, não possibilitará a reposição da inflação pelas contas do fundo, fato que ocorre pela primeira vez desde 2017.
Histórico dos rendimentos com os índices da inflação
No ano de 2020, o rendimento do FGTS com a distribuição do lucro foi de 4,92%. Na ocasião, a inflação estava em 4,52%. Já em 2019, isso ficou em 4,90%, com a inflação na casa dos 4,31%, e em 2018 o rendimento foi de 6,18%, com inflação de 3,75%. O que não deve acontecer este ano.
Isso porque o Índice Nacional de Preços Consumidor (IPCA) aponta para uma inflação de 10,06%, registrada em 2021, o impossibilitando que o rendimento das contas do fundo se sobressaia diante da inflação, inclusive se for feita toda a distribuição do lucro entre os cotistas.
Rendimento do FGTS: quando será distribuído?
O FGTS realiza a distribuição do lucro entre os trabalhadores desde 2017. A medida foi criada como forma de melhorar o rendimento dos cotistas. Em 2021, houve a distribuição de R$ 8,1 bilhões do lucro acumulado em 2020, que foi de R$ 8,5 bilhões. Sendo assim, o governo optou por repassar aos cotistas 96% do resultado alcançado.
Em 2022, a previsão é que 90 milhões de trabalhadores sejam beneficiados com o crédito proporcional. Recebem todos aqueles que tinham algum saldo existente na conta na data de 31 de dezembro de 2021.
Em relação ao valor repassado este ano, a decisão ainda será tratada pelo Conselho Curador do FGTS no mês de julho. Sobre a distribuição, a Caixa tem até o fim de agosto para repassar o resultado aos trabalhadores.
Lembrando que, mesmo com o depósito, as quantias do FGTS só podem ser resgatadas mediante as modalidades de saques autorizadas, como em caso de doença grave, aposentadoria, compra da casa própria ou, a mais comum, em caso de demissão sem justa causa.
