Os trabalhadores que possuem contas ativas ou inativas no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) receberão daqui a alguns meses o chamado “lucro do FGTS“. A Caixa Econômica Federal ainda não informou a data oficial e as cifras, mas acredita-se que elas girem na casa dos R$ 12 bilhões.
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Receberão parte deste montante os trabalhadores que tinham saldo positivo até 31 de dezembro de 2021. Apesar de não haver uma data específica, a distribuição do lucro do FGTS deve ser realizada até o dia 31 de agosto – no começo do 2º semestre.
Rendimento do FGTS
Atualmente, o FGTS garante aos trabalhadores o retorno de 3% ao ano mais variação da Taxa Referencial (TR). Sua forma de rentabilidade tem sido bastante questionada ao longo dos anos, principalmente em razão de o fundo oferecer rendimentos abaixo da inflação – salvo algumas exceções.
Segundo o professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, Fabio Gallo, até a caderneta de poupança apresenta melhor rentabilidade que o Fundo de Garantia atualmente.
“Tirando 2019 e 2020, até a caderneta de poupança ganhou do rendimento do FGTS, pois ela paga 6,17% ao ano mais a variação da TR”, disse Gallo. “Não tem comparação obviamente com o fundo que é 3%. Mesmo com esse recebimento do lucro, não chega perto da caderneta”, completou. Porém, ele não recomenda investir o dinheiro do fundo em renda variável
Saque do lucro do FGTS: quando será liberado?
Mesmo com a previsão de depósito do lucro do FGTS até o dia 31 de agosto, os titulares das contas no fundo só poderão retirar o dinheiro mediante o cumprimento das regras de saque do FGTS.
Dentre as modadalides mais comuns, podemos citar: demissão sem justa causa, aposentadoria, doença grave, compra da casa própria, saque-aniversário e, mais recentemente, o saque extraordinário do FGTS.