Mais de 18 milhões de brasileiros recebem o benefício do Auxílio Brasil atualmente. A fila foi zerada pelo Ministério da Cidadania no começo desse ano, mas agora voltou a crescer. O número mais recente de pessoas à espera do benefício já passa de 2,8 milhões.
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O levantamento foi divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Todas as famílias que estão na lista de espera já têm o Cadastro Único (CadÚnico) e atendem aos requisitos do programa.
A espera do Auxílio Brasil
De acordo com o Ministério da Cidadania, não existe uma forma de as famílias se inscreverem automaticamente no programa Auxílio Brasil. O caminho é mesmo o CadÚnico. Por meio dele, o Governo Federal faz o direcionamento de acordo com a abertura de novas vagas.
A Confederação Nacional de Municípios fez o cruzamento entre os dados dos beneficiários que atendem ao perfil do programa e que estão no CadÚnico com os beneficiários do Auxílio Brasil, então assim foi possível identificar a real demanda reprimida.
Os dados mostram que a fila praticamente dobrou em um mês, entre março e abril desse ano, com crescimento um de 116%. Os números comprovam a realidade de milhares de famílias brasileiras: com o desemprego, muitos vivem hoje em situação de pobreza ou extrema pobreza.
É por essa razão que os municípios brasileiros cobram o Governo Federal para que novos reforços sejam adicionados ao programa, já que é alto o número de famílias à espera do Auxílio Brasil.
A grande preocupação é o combate contra a fome.
E diante dessa realidade, as escolas se tornam um ambiente de refúgio, pois é onde as famílias garantem uma refeição mínima para os filhos, que chegam para as aulas sem terem tido qualquer alimentação em casa.
Entre os motivos para que o programa apresente falhas, é que está na definição de regras como valor mínimo o de R$ 400 por mês. Isso faz com que uma pessoa que more sozinha tenha o mesmo valor de benefício que uma mãe com dois filhos, por exemplo. Em outras palavras, quem mais precisa pode estar na fila à espera do Auxílio Brasil.