O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para 13,25% ao ano. Esse é o resultado dos impactos da guerra na Ucrânia e da economia global. É o maior nível de juros desde janeiro de 2017. Com isso, o Brasil segue com a maior taxa de juro real do mundo.
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De acordo com especialistas financeiros, a elevação da taxa Selic de 12,75% para 13,25% já era esperada. A previsão é de que novos aumentos sejam anunciados em breve pelo Copom. Esse foi o quarto encontro do comitê do Banco Central neste ano.
Taxa Selic
Com a antecipação de um novo reajuste nas próximas reuniões, o aumento pode ser mais uma vez de 0,5. Em comunicado, o Copom acredita que a próxima mudança deva ser de igual ou de menor magnitude.
O Copom ainda destacou que outros fatores de risco são as pressões inflacionárias globais e “a incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e políticas fiscais que impliquem sustentação da demanda agregada, parcialmente incorporadas nas expectativas de inflação e nos preços de ativos”.
Já é o 11º reajuste na taxa Selic.
Além da guerra na Ucrânia, a elevação é resultado da alta da inflação e das tensões no mercado financeiro. A elevação da taxa Selic é uma maneira de tentar controlar a inflação. Os juros mais altos encarecem o crédito e tendem a desestimular a produção e também o consumo.
O problema é que isso também dificulta a recuperação da economia.
Com mais esse aumento pelo Banco Central, o Brasil consolida a liderança e é o país com a maior taxa de juro real de todo o mundo, sendo de 8,10% anuais. Os dados são da Infinity Asset Management.
O levantamento considera os juros reais de 40 países. Conforme a pesquisa, o Brasil está à frente do México, Colômbia, Chile e Indonésia. Os Estados Unidos está na 25º colocação com juros reais anuais negativos de 3,07% ao ano.
