Você pode ter perdido: Último saque extraordinário do FGTS sai hoje; Governo quer evitar novo reajuste na gasolina e no diesel; Brasil e EUA tomam decisões sobre juros

Brasil e Estados Unidos tomam decisões sobre os juros básicos de suas respectivas economias. Confira mais detalhes.



Nesta quarta-feira pré-feriado, 15, o governo continua a movimentação iniciada na última semana para tentar reduzir os preços dos combustíveis. Enquanto as propostas seguem em análise no Congresso Nacional, o plano é segurar novos reajustes da Petrobras.

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Hoje também é a data do último depósito do saque extraordinário do FGTS para milhões de trabalhadores nascidos em dezembro. Outro destaque do dia são as decisões do Brasil e Estados Unidos sobre os juros básicos de suas respectivas economias. Conheça mais detalhes a seguir.

Governo tenta impedir novo reajuste da gasolina e do diesel

A equipe de Jair Bolsonaro pediu à Petrobras que não reajuste os preços dos combustíveis nos próximos dias, afirmam integrantes do governo federal. O presidente quer que os valores sejam mantidos pelo menos até o fim da votação dos projetos que visam reduzir os preços de diesel, gasolina, gás e energia elétrica.

A defasagem do diesel e da gasolina vendidos nas refinarias da estatal já chega a cerca de 20% em relação às cotações internacionais, estima o mercado. Enquanto isso, a Petrobras alerta que a diferença pode gerar desabastecimento no país, em especial de óleo diesel.

Os preços dos combustíveis são o principal foco e preocupação de Bolsonaro às vésperas da eleição. Os produtos são responsáveis por boa parte da inflação acima de dois dígitos, o que tem prejudicado bastante a popularidade do presidente.

Na tentativa de impedir novos aumentos, os comandos do Ministério de Minas e Energia e da Petrobras foram trocados. Enquanto isso, o governo tenta negociar a aprovação de um projeto para limitar o ICMS (imposto estadual) sobre os combustíveis.

O plano inicial de Bolsonaro é segurar os preços atuais pelo menos até a eleição, em outubro. Se isso não for possível por conta do risco de desabastecimento, ele quer, no mínimo, impedir novos aumentos até a votação dos projetos pelo Congresso.

Segundo informações de bastidores, a Petrobras já estaria pronta para anunciar o reajuste, mas atendeu ao pedido do presidente da República. O problema é que a pressão dos acionistas minoritários é crescente, e torna cada vez mais difícil a manutenção dos valores atuais por mais tempo.

Brasil e EUA tomam decisões sobre juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil se reúne hoje para decidir sobre os juros básicos da economia. Mais uma vez, o encontro ocorre na mesma data da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve dos Estados Unidos.

Os investidores apelidaram a ocasião de “super quarta”, uma vez que as decisões afetam bastante o mercado. Contudo, os encontros devem ter como foco os comunicados a serem divulgados em seguida, e não tanto as altas de juros em si.

Especialistas acreditam que os juros devem subir 0,5 ponto percentual tanto no Brasil quanto nos EUA. A aposta do mercado é baseada nos indicadores econômicos divulgados entre maio e junho.

Dede março de 2021, o Copom tem elevado a Selic na esperança de combater a inflação, posição semelhante à adotada por vários países. Após dez altas consecutivas, a taxa básica passou de 2% para 12,75% ao ano, e ainda deve sofrer novos aumentos.

“O mercado quer entender o que o Banco Central vai falar se vai parar, pelos sinais de melhora na inflação, ou se vai dar 0,5 p.p. e deixar o que vai fazer em aberto pela situação dos núcleos”, explica Marília Fontes, sócia-fundadora da Nord Research.

Segundo ela, não seria prudente que o Copom sinalizasse o fim dos aumentos com um grau de disseminação da inflação acima de 70%. Ainda assim, ela acredita que o BC pode fechar essa porta durante a reunião.

Já nos Estados Unidos, os juros começaram a subir em março. De lá para cá, o aumento foi de 0% a 1%, enquanto a inflação no país atinge seu maior nível em quarenta anos.

“O Fed está tento que correr atrás para controlar a inflação, e deve tentar sinalizar isso pelo comunicado. O tom deve ser mais duro, porque não tem como ignorar mais o cenário. O BCE também não subiu juros, então eles vão precisar ser mais duros”, opina André Perfeito, economista-chefe da Necton.

Último que extraordinário do FGTS

Nesta quarta, o último lote do saque extraordinário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) cai na conta dos nascidos em dezembro. Cerca de R$ 30 bilhões já estão disponíveis para todos os 42 milhões de brasileiros que têm direito ao dinheiro.

Mais de 3,3 milhões de trabalhadores podem sacar até R$ 1 mil a partir de hoje. Para isso, basta ter saldo disponível nas contas vinculadas do fundo e não ter usado esses recursos em operações de crédito com garantia, como a antecipação do saque-aniversário.

Não é necessário realizar nenhum pedido para participar do saque extraordinário do FGTS. A Caixa Econômica Federal deposita os valores em uma conta criada automaticamente em nome do trabalhador no aplicativo Caixa Tem.

Para consultar valores, data de pagamento e outras informações sobre essa rodada, o interessado deve acessar o aplicativo FGTS ou procurar uma agência da Caixa. Todos os grupos têm até 15 de dezembro para retirar a grana.




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