Auxílio para quem acolher moradores de rua é aprovado; conheça o projeto

Novo programa foi batizado de "Reencontro", cujo objetivo primordial é promover a retomada do vínculo familiar afetivo.



Um auxílio financeiro destinado às pessoas que acolherem moradores em situação de rua foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo. Para que a pessoa receba o valor, é necessário apresentar vínculo afetivo com o indivíduo em situação de vulnerabilidade.

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Depois do anúncio da aprovação, a proposta recebeu críticas de quem trabalha nesse âmbito social. O argumento é que o auxílio deveria ser pago diretamente ao morador de rua, dando a ele mais autonomia e capacidade de encontrar um lugar para morar, ao invés de repassar o dinheiro a terceiros.

Em resposta, o secretário-executivo de Projetos Estratégicos da Prefeitura, Alexis Vargas, declarou que, no momento, a transferência de renda direta às pessoas em situação de rua não está em análise. Isso porque, o objetivo da medida é ir além, ao tentar estimular a retomada do vínculo familiar afetivo.

Foco na restauração do vínculo familiar

Como justificativa para a forma de pagamento do auxílio, Vargas declara que 60% dos moradores em situação de rua na cidade de São Paulo ainda mantêm alguma espécie de vínculo com parentes. Desse total, 31% afirmam estar em situação de rua devido a conflitos na família.

“Queremos superar o erro histórico de achar que a solução é igual para todos. É um público muito diverso e precisamos lançar mão de novas estratégias. O foco é a restauração de vínculo”, disse o secretário.

O novo programa para ajudar moradores de rua foi batizado de “Reencontro”. Apesar da aprovação, ainda não foram divulgados mais detalhes, como por exemplo, o valor a ser repassado. Segundo o secretário, o intuito é que as regras da medida sejam estabelecidas em julho e implementadas por meio de decreto.

Também será criada a “Casa Reencontro”, que funcionará como o espaço de encontro do morador de rua com seu possível acolhedor, que poderá ser um parente próximo, distante ou até amigos. O lugar disponibilizará atendimento de psicólogos e assistentes sociais.

A quantidade de sem-teto vivendo nas ruas da capital paulista chega atualmente a 31.800, conforme dados do último censo deste ano. Contudo, projeções mostram que esse número pode ultrapassar a faixa dos 65 mil.




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