Bossware é um software desenvolvido especificamente para vigiar a rotina dos funcionários, procurando administrar sua produtividade. Apesar de infringir certos valores éticos, independente da instituição, a medida tem sido adotada por alguns gestores. Nesse caso, a suspeita acaba partindo do próprio colaborador, que desconfia de algumas alterações em seus dispositivos.
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Nesse caso, não há solicitação prévia ao trabalhador se ele permite esse monitoramento em excesso. Sendo assim, todos podem estar sendo vigiados sem perceber, até em registros que não tem nada a ver com a rotina profissional. Com a pandemia, a atuação remota fez com que o uso desses malwares aumentasse significativamente, tornando urgente a discussão sobre os limites da vida privada.
Confira 5 curiosidades sobre o funcionamento do temido bossware
Após a pandemia, o uso de bossware aumentou
Empresas do mundo todo usam programas de monitoramento sem avisar os funcionários e nos EUA a porcentagem de companhias que agem assim chega a ser de 60%, conforme levantamento da Digital.com.
Costuma gerar demissão
Foi observado que após o uso frequente desse recurso, muitos colaboradores foram dispensados de seus cargos.
O monitoramento vai além das telas
Os softwares básicos costumam captar quantas vezes e com que frequência a pessoa pressionou as teclas e o mouse. Plataformas avançadas ativam câmera e microfone, invadindo completamente a privacidade do funcionário.
O uso de bossware confronta a LGPD
Ao ultrapassar limites éticos de segurança de dados, esse tipo de ação compromete a individualidade das pessoas.
Não há regulamentação no Brasil
Apesar de confrontar a Lei Geral de Proteção de Dados no país, não há estudos os suficiente para identificar o impacto dessas atitudes nas empresas brasileiras.