Brasil pode adotar semana de 4 dias úteis; quais serão os benefícios ao trabalhador?

Adesão ao home office e do fenômeno "grande renúncia" têm feito diversos países repensarem a jornada de trabalho dos seus funcionários.



Trabalhar por apenas 4 dias na semana e sem corte no salário é certamente o sonho de muita gente. Apesar de ainda não ser uma prática comum no Brasil, saiba que isso passou a ser realidade em outros países, como Estados Unidos, Islândia, Japão e até nos Emirados Árabes.

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Algumas mudanças globais impulsionaram essa redução na jornada de trabalhado. A primeira delas está diretamente relacionada à pandemia da Covid-19 que, com a necessidade de isolamento social e adoção do formato de trabalho home office, levantou discussões sobre a maneira como as pessoas trabalham nos dias atuais.

Outro ponto que despertou a discussão envolve o fenômeno conhecido como “grande renúncia”. Nos Estados Unidos, cerca de 4,5 milhões de trabalhadores americanos trocaram ou saíram dos seus empregos somente no ano passado. E a debandada pode estar associada com a redução da jornada de trabalho para 4 dias na semana.

Segundo um estudo elaborado pela Jefferies – empresa de serviços financeiros americana – cerca de 32% dos jovens entre 22 e 35 anos de idade que pediram as contas nos EUA informaram que teriam permanecido no trabalho caso a oferta do tempo de trabalho tivesse sido reduzido para 4 dias na semana.

Quais os benefícios da redução da jornada de trabalho?

De acordo com a psicóloga clínica Bruna Capozzi, do Instituto Meraki Saúde Mental, são inúmeros os benefícios adquiridos pelos trabalhadores com a jornada de trabalho reduzida.

“Ter um dia a mais no final de semana certamente é atrativo para o empregado. Pode significar mais tempo para fazer o que gosta e também estar com a família e amigos, ou seja, uma melhora na qualidade de vida”, esclarece a psicóloga.

Além disso, essa dia off (folga) adicional também representa um dia a menos de trânsito estressante, com menos gastos com alimentação fora de casa e menores chances de estresse. A percepção da qualidade de vida acaba sendo maior e melhor aproveitada.

Mas e para as empresas?

A psicóloga também ressalta que os benefícios não se aplicam apenas aos trabalhadores, mas também às empresas, que certamente se darão melhor quando o assunto for retenção de talentos.

Além disso, a redução da jornada provoca uma melhora na produtividade, que puxa o aumento nos lucros. “Vale dizer que experimentar essa nova tendência, bem como as particularidade do trabalho híbrido favorece a produtividade dos funcionários”, completa Capozzi.

Com a tendência da redução se tornando cada vez mais popular pelo mundo, trabalhadores brasileiros aguardam com ansiedade o dia que essa “moda” também vai pegar por aqui.




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