O governo federal reduziu o ICMS e zerou os impostos federais (PIS/Confins) sobre os combustíveis há pouco mais de duas semanas. A medida já começa a ter impacto nas bombas, com gasolina, etanol e Gás Natural Veicular (GNV) ficando mais baratos para o consumidor final.
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Muitos motoristas recomeçaram os cálculos para descobrir se a gasolina continua sendo mais vantajosa que o etanol, ou se o GNV ganhou a liderança no ranking de melhor custo-benefício.
Para realizar essa comparação, é preciso considerar o preço médio de cada um desses combustíveis. No levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado entre 10 e 16 de julho, os valores no estado do Rio de Janeiro foram:
- GNV: R$ 5,03 o metro cúbico;
- Gasolina: R$ 6,06 o litro;
- Etanol: R$ 5 o litro.
Para o condutor que tem o kit-gás instalado, o GNV está mais vantajoso, já que metro cúbico rende mais de 12km. O rendimento da gasolina fica por volta de 10km, contra 7km no caso do etanol. Entre os dois últimos, quem usa gasolina economiza 30,7% na comparação com quem anda com etanol no estado do Rio.
Conversão para GNV
Segundo o professor Marcio D’Agosto, da Coppe/UFRJ, a conversão do veículo para GNV pode compensar, dependendo do seu tempo de uso.
“Como o carro à GNV faz, em média, 12km/m³, não é o rendimento que determina se vale a pena, mas se você consegue, com a economia mensal após a mudança do combustível, ter o retorno do investimento feito na conversão do carro em até seis meses”, explica.
O Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa) estima que a instalação do kit-GNV atualmente custa, em média, R$ 3.900 no Rio. O tempo de retorno varia entre quatro e 42 meses, de acordo com o perfil do condutor.