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Gasolina e energia mais baratas podem gerar deflação em julho e agosto

Por outro lado, apesar das previsões, analistas acreditam que o alívio na alta dos preços deve ser a curto prazo.



Analistas do setor econômico estão revisando os cálculos para chegar às estimativas da inflação deste ano. O motivo está relacionado com as recentes leis aprovadas que reduziram as tributações de itens agora considerados essenciais, como os combustíveis e a energia elétrica.

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Nesse sentido, vão pesar nos cálculos a regra que limite a aplicação do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, no setor de telecomunicações e transporte coletivo, bem como os descontos na conta de luz determinados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que prevê a devolução do PIS/Cofins cobrado a mais dos consumidores.

Possibilidade de deflação

Com a redução nos tributos, economistas acreditam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) apresente deflação entre os meses de julho e agosto.

Especialistas mostram que o país não apresentava queda inflacionária desde 2020, quando a economia foi abalada com o início da pandemia. Por outro lado, apesar das previsões, os analistas acreditam que o alívio na alta dos preços deve ser a curto prazo

Preços devem subir em 2023

O economista-chefe da AZ Quest Investimentos, Alexandre Manoel, explica que a decisão do Congresso Nacional e do governo de reduzirem os impostos de itens considerados essenciais foi antecipada por questões eleitorais. A previsão era reduzir os preços apenas em 2024.

Manoel diz que a decisão de zerar o PIS/Cofins, assim como a Cide, valerá somente até o dia 31 de dezembro. Na prática, isso fará os preços dos combustíveis aumentarem novamente a partir do ano que vem.

Além disso, mesmo que a gasolina e a energia fiquem mais baratas a curto prazo, a alta dos preço será generalizada, o que fará com que ela continue pesando no bolso do brasileiro.

“A inflação segue como um evento muito preocupante, com núcleos pressionados. E a política fiscal não está contribuindo no curto prazo para essa desaceleração”, disse o economista. Segundo ele, a inflação prevista pelo IPCA será de 7,4% em 2022.




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