Novo grupo terá que pagar Imposto de Renda em 2023: descubra se você faz parte

Com os novos ajustes que o IRPF sofreu, os trabalhadores que ganham até um salário e meio terão que declarar o imposto. Saiba o que essa decisão pode acarretar.



Nessa terça-feira, o valor do salário mínimo para o ano que vem foi definido. Os números não agradaram em nada os brasileiros, pois o novo valor não passa de R$ 1.294. Conforme decidiu o Congresso da Lei de Diretrizes Orçamentárias, esse é o novo montante que deverá passar a ser pago em 2023.

Veja também: Trabalhador que ganha 1,5 salário mínimo deve pagar o IRPF em 2023

Junto a esse novo valor, também ficou decidido que quem ganha um salário mínimo e meio, que equivalerá a R$ 1.941 em 2023, terá que pagar o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).

Sim, há uma chance de isso mudar, caso a tabela acabe por ser corrigida, mas se ficar do jeito que está… essas pessoas terão mesmo que pagar esse imposto.

Atualmente o salário mínimo é de R$ 1.212. Dentro desse valor, as pessoas permanecem isentas. Na tabela oficial, quem ganha menos que R$ 1.903 também está isento, no entanto quem ganha mais do que isso e cujo salário chega a até R$ 2.826,65 terá que pagar a alíquota em 7,5%.

A defasagem da tabela está fazendo com que cada vez mais pessoas tenham que arcar com esse imposto. Para se ter uma ideia, essa já está congelada há sete anos. A última modificação foi realizada em 2015, quando o salário mínimo ainda era R$ 788.

Naquele ano, o imposto se aplicava somente para quem ganhava acima de 2,4 salários mínimos, o que nos dias atuais corresponderia a R$ 2.908.

Lembrando que com essa mudança, o Congresso o reajustou o salário – que antes era R$1.12 – para o ano que vem. O valor previsto é de R$1.294, mas pode subir mais por causa da alta inflação.

O Ministério da Economia, inclusive, revisou o caso e reconheceu a chance de o valor subir para R$ 1.310 até 2023.

Segundo Elisabeth Libertuci, tributarista, o valor novo salário mínimo faz com que o imposto pago seja de 141%. Se ele subir para o o número apontado pelo Ministério da Economia, ele ficará em 169%, muito maior para pessoas de baixa renda.

“O efeito é avassalador. O problema de não reajustar a tabela para as classes mais baixas é que, no final do dia, quem pagará o Auxílio Brasil adicional é quem ganha menos”, argumentou a tributarista.

Ela também defendeu a correção do limite da isenção para algo próximo dos R$ 3 mil, ainda com o desconto simplificado mensal sendo calculado direto no contracheque do trabalhador para evitar que a inflação aumente. Atualmente o desconto é aplicado só no ajuste da declaração anual.




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