O novo golpe da portabilidade de salário tem feito vítimas em todo o Brasil. O susto chega com a data de recebimento do pagamento mensal, pois é quando a pessoa percebe que o dinheiro não foi para a conta usual. Os criminosos usam documentos falsos e dados das vítimas para abrir contas em outros bancos e receber o dinheiro.
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Os casos de estelionato cresceram no Brasil nos últimos anos. Só para se ter uma ideia, dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que um a cada seis registros de ocorrência no Rio de Janeiro são pelo crime de estelionato. O número é alto, principalmente porque há golpes que não chegam ao conhecimento da polícia.
Golpe da portabilidade
Segundo o resultado das investigações da polícia, o golpe da portabilidade funciona assim: os criminosos conseguem dados das vítimas e usam documentos falsos para abrir contas em outros bancos. Quase sempre em bancos digitais, pois o processo é mais simplificado. Quando as contas estão abertas, eles solicitam a portabilidade do salário.
A facilidade de praticar esse golpe é maior porque não há necessidade de atendimento presencial, então os delinquentes conseguem solicitar a portabilidade pelos aplicativos dos bancos digitais.
E o prejuízo? Nos casos de golpe, os dois bancos envolvidos podem ser responsabilizados, ou seja, a instituição onde pela qual a pessoa recebe o salário e o outro que permitiu a abertura da conta pelos golpistas.
Afinal, as instituições precisam checar a veracidade das informações, principalmente por terem conhecimento o quão simplificado está o processo de abrir uma conta que oferece essas funcionalidades.
A orientação é para que os cidadãos façam uma consulta no site do Banco Central. Por meio do portal Registrato é possível conferir todas as contas vinculadas a um mesmo CPF. E vale também a velha dica de desconfiar de links enviados por e-mail ou mensagens no celular, já que esse é o caminho mais rápido para o furto de dados pessoais.