A Síndrome de Burnout foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional em janeiro deste ano. Com a inclusão da síndrome na Classificação Internacional de Doenças (CID), os trabalhadores passam a ter direito ao auxílio-doença e até mesmo à aposentadoria por invalidez.
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A doença também é conhecida como síndrome do esgotamento profissional. Ela é desencadeada pelo estresse no ambiente de trabalho ou pela função exercida. Com o aumento dos casos, muitas empresas têm assumido a responsabilidade de evitar o adoecimento dos funcionários, zelando por um ambiente mais saudável e acolhedor.
Síndrome de Burnout
Os sintomas mais comuns da síndrome em questão são o esgotamento físico e mental, além da falta de interesse pelo trabalho, ansiedade na hora de exercer a função, depressão e muitos outros.
O reconhecimento dela como uma doença ocupacional passou a garantir os direitos trabalhistas e previdenciários dos profissionais. O auxílio-doença está entre eles.
Dessa forma, as pessoas que forem diagnosticadas com a doença têm direito à licença médica remunerada pelo empregador pelo período de 15 dias.
Se depois desse prazo o trabalhador continuar com os sintomas e precisar de mais tempo longe do trabalho, ele tem direito ao benefício previdenciário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No caso, ao auxílio-doença.
Outra mudança com o reconhecimento da doença ocupacional é que o trabalhador não poderá ser dispensado sem justa causa pelo período de um ano depois do fim do auxílio-doença.
Nos casos onde a pessoa não conseguir se recuperar e continuar apresentando os sintomas da Síndrome de Burnout, outra possibilidade na mesa é a aposentadoria por invalidez. Para consegui-la, é claro, será preciso apresentar exames e laudos médicos, além de passar pela perícia do INSS.
Confira abaixo a relação de sintomas da Síndrome de Burnout, segundo o Ministério da Saúde:
- Cansaço excessivo, físico e mental;
- Dor de cabeça frequente;
- Alterações no apetite;
- Insônia;
- Dificuldades de concentração;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Negatividade constante;
- Sentimentos de derrota e desesperança;
- Sentimentos de incompetência;
- Alterações repentinas de humor;
- Isolamento;
- Fadiga;
- Pressão alta;
- Dores musculares;
- Problemas gastrointestinais;
- Alteração nos batimentos cardíacos.