Os benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) sofrem reajuste anual para acompanhar a mudança do salário mínimo nacional. A regra será cumprida a partir de janeiro de 2023, quando os valores de aposentadorias, pensões e outros auxílios precisam ser corrigidos pela autarquia.
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O percentual de reajuste depende da inflação acumulada no ano anterior, mesmo referencial usado para atualizar o piso nacional. O número oficial só costuma ser divulgado no início de cada ano, mas previsões são publicadas periodicamente pelo governo.
No último projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado ao Congresso Nacional, o Executivo estimou o salário mínimo em R$ 1.294 para o ano que vem. Se for confirmado, esse também será o valor do piso dos benefícios do INSS.
A proposta considera um Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é o principal medidor da inflação, de 6,7% para 2022. Contudo, mudanças ainda são esperadas nos próximos meses.
Defasagem
Dados do boletim macrofiscal da SPE (Secretaria de Política Econômica) divulgados pelo Ministério da Economia no dia 14 de julho mostram que a previsão já está defasada e deve aumentar em breve. Se isso ocorrer, o mínimo poderá chegar a R$ 1.302 em 2023.
Já o teto das aposentadorias e outros benefícios do INSS passará de R$ 7.087,22 para R$ 7.612,38 no próximo ano.
O Departamento Intersindical de Estatísticas e Pesquisas Socioeconômicas (Dieese) calcula que o reajuste pode impactar a renda de 56,7 milhões de brasileiros, sendo 24,2 milhões de beneficiários do INSS.
