Aconteceu no último domingo, 28, o primeiro debate com os candidatos à Presidência da República. O encontro transmitido pela Band teve como tema principal a economia. Um dos assuntos que chamou a atenção envolve a manutenção do Auxílio Brasil e se ele vai continuar a R$ 600 no ano que vem.
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Atualmente, a previsão é de duração do novo valor do benefício, que passou de R$ 400 para R$ 600, até dezembro de 2022. Durante o debate, ao ser questionado se manteria o acréscimo de R$ 200, o presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou o aumento no valor, dizendo que será com responsabilidade e “sem roubalheira”.
“Tenho acertado com a equipe econômica e conversado para manter a responsabilidade fiscal. No ano passado, quando subimos para R$ 400, ninguém acreditava. Conseguimos renegociar os precatórios, contra o voto do PT na Câmara. Para o PT, quanto pior estiver o povo, melhor é para eles fazerem política”, explicou Bolsonaro diante de crítica do ex-presidente Lula, que afirmou que na Lei Orçamentária Anual o valor previsto para o Auxílio Brasil ainda é de R$ 400.
Orçamento 2023
A respeito de uma possível mudança no Orçamento de 2023, o relator do texto, Marcelo Castro, em entrevista à GloboNews, declarou que isso vai depender de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), na alteração do teto de gastos. Outra alternativa é criar uma medida provisória fora do teto, com a abertura de crédito extraordinário.
“Pode ser a aprovação de uma PEC, tirando esses R$ 200 do teto, como nós tiramos agora este ano. Ou, então, uma alternativa é não fazer nada este ano e, a partir de janeiro, o presidente eleito, já empossado, baixa uma medida provisória, em caráter extraordinário, dando esse valor. Evidentemente que o Congresso jamais deixaria de aprovar um benefício tão grande, sobretudo na crise social que o Brasil está passando”, disse Castro.
O Orçamento de 2023 deve ser entregue até a próxima quarta-feira, 31. A expectativa é de que a equipe econômica estabeleça metas que oscilem entre os limites técnicos exigidos pelo texto e as demandas eleitorais do presidente Bolsonaro.
É importante destacar que, assim como Bolsonaro, os demais candidatos à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), também prometeram manter o Auxílio Brasil com valor maior no ano que vem.