O Auxílio Brasil é o maior programa de transferência de renda do país, com cerca de 18,1 milhões de beneficiários atualmente. No próximo mês, o governo planeja realizar uma nova inclusão em massa e ampliar o benefício para cerca de 1,6 milhões de famílias.
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A medida será possível com recursos da chamada PEC Eleitoral, texto aprovado pelo Congresso que libera mais de R$ 41 milhões para criação e expansão de benefícios para a população. Mais da metade do montante foi destinado ao Auxílio Brasil.
O principal foco é o aumento da parcela para R$ 600 mensais entre agosto e dezembro. Contudo, o Ministério da Cidadania também planeja utilizar o orçamento para levar a ajuda a mais famílias.
Fila não para de crescer
De acordo com o diretor da FGV Social, Marcelo Neri, a fila de espera do programa não para de crescer por conta do empobrecimento generalizado e do efeito da inflação na renda dos brasileiros. Outro fator é o aumento para R$ 600, que atraiu muita gente em situação de vulnerabilidade.
“Essa fila, no país e nas capitais, é resultado desse empobrecimento da população nos últimos dois anos. E também da oferta de um auxílio mais generoso, que chega a R$ 600”, explicou.
Quem tem prioridade?
Considerando que todos os meses o número de cidadãos aguardando a entrada no programa só cresce, o governo terá que adotar critérios de prioridade. Veja quem está na lista:
- Indivíduos submetidos ao trabalho infantil;
- Indivíduos libertos de trabalhos análogos à escravidão;
- Quilombolas;
- Indígenas;
- Catadoras de materiais recicláveis;
- Outras categorias permitidas e fundamentadas pelo Ministério da Cidadania.
Vale destacar que o interessado precisa ter inscrição ativa no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), além de renda mensal de até R$ 210 por pessoa. Para famílias sem ao menos uma grávida, nutriz ou menor de 21 anos na composição, a renda máxima permitida é de R$ 105 por pessoa.