A domesticação de cachorros é um processo antigo que influenciou o comportamento de várias espécies. Durante a adaptação, eles foram desenvolvendo hábitos diferentes. Dessa forma, a convivência com humanos impactou profundamente em mudanças fisiológicas e de percepção do espaço em que passaram a ocupar em ambientes urbanos.
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O cachorro deixou de ser um animal selvagem, com aqueles comportamentos da matilha, na qual assumia uma postura agressiva para se proteger. Ao ter os instintos controlados e dispensando a necessidade de ficar alerta o tempo todo, ficou dócil. Sendo assim, tornou-se o ‘’melhor amigo do homem’’, em um processo que infelizmente levou as raças agressivas à extinção.
Conheça os cachorros que tiveram seu desenvolvimento interrompido devido à caça e outros fatores ambientais
Mastife alpino
Parecido com o Mastim Tibetano, os dois foram as maiores raças registradas até então pelos especialistas. Foi reconhecido em 1829, em uma exposição canina, porque até então não era diferenciado dos São Bernardos, cachorro de grande porte popular em ambientes rurais. Usado em alguns cruzamos, sua raça na forma pura entrou em extinção na década de 70.
Braco Poitou
Do seu cruzamento resultou o retriever escocês, mas por volta do século 18 já não havia Braco Poitou identificado. Cão de caça francês, foi melhorado ao longo do tempo, deixando de servir aos caçadores.
Water Spaniel Inglês
O Irish Water Spaniel é criado ainda hoje, porque há uma certa dificuldade em definir com precisão as características da espécie. Recebeu esse nome porque apresentava habilidades aquáticas notáveis. Lembrando um Rough Collie, também tem representações nas seguintes raças: Curly Coated Retriever, Field Spaniel e Water Spaniel Americano.
Cão D’água de St. John
Pescadores canadenses que viviam na Terra Nova nos séculos 16 e 17 criavam esses animais de forma dócil. Inteligentes, eles foram usados para gerar novas raças, de forma que o Cão D’água original não pode mais ser encontrado. Ajudou a dar origem ao Labrador, Chesapeake Bay, Flat Coated e o Curly Coated.
Tweed Water Spaniel
Resultado de um cruzamento entre o Cão D’água e outras raças inglesas, o Tweed Water Spaniel era um excelente pastor e ágil, sendo ancestral direto do Labrador. No século 19 foram treinados para pescar salmão, tornando-se exímios nadadores.
Paisley Terrier
Ajudou no desenvolvimento do Yorkshire Terrier, o Paisley conseguiu exterminar ratos que infestavam fábricas e casas, mas era um cachorro que servia para fazer companhia aos donos. Apesar de participar de inúmeros concursos e ganhar honrarias, os interesses em relação à raça fizeram com que sua linhagem fosse extinta.
White Terrier Inglês
O mesmo homem que criou o Bull Terrier Inglês, também ajudou no desenvolvimento desta raça com pelagem branca. Nesse caso, inúmeras doenças genéticas na pele do cão fizeram os responsáveis desistir de continuar criando os cachorros. No entanto, foi importante para a criação do Boston Terrier e do Pitbull.
Rastreador Russo
Protegia o gado nos campos e com 45kg, conseguia afugentar lobos, apresentando comportamento inteligente. Apesar de ser agressivo ao tentar proteger outros animais de criação, desenvolveu laços com as pessoas, tornando-se cães de companhia da realeza. No entanto, por razão desconhecida, deixou de existir no século XIX.
Buldogue Toy
Buldogue Francês e Pug são raças que costumam apresentar problemas respiratórios, então o cruzamento dessas raças já apresentava certos riscos. Mas esse não foi o problema, o criador da versão Toy, entusiasmados com as cores diferentes, tentaram gerar alguns filhotes, mas quando cresciam, criavam uma resistência ao adestramento.
Cão de manivela
Curiosamente, as características do Turnspit fizeram com que ele se tornasse um ajudante de cozinha que girava a manivela da moagem de carne. Isso ocorreu em 1576 e no século 19 a raça foi misturada com a linhagem dos Spaniels.
Entre outros cães conhecidos por terem sido extintos, de propósito ou ocasionalmente, estão o Cão de Briga de Córdoba, Hare, Bullenbeisser, Kuri, Poi Havaiano e Molossus.
