No período republicano, apenas em 1950 Getúlio Vargas, dispensou a participação de Minas Gerais para vencer as eleições. Com exceção desse período da Era Vargas, os demais presidentes eleitos democraticamente venceram em Minas Gerais. No entanto, não é apenas esse fator que faz da região um recorte importante na avaliação dos resultados.
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É quase um consenso entre cientistas políticos que estudam o cenário brasileiro de que o estado mineiro gera uma identificação direta do território nacional. Potente zona eleitoral, abrange uma população heterogênea em relação às classes sociais, interesses e histórico de votos. Portanto, todos os candidatos, ainda mais aqueles que são favoritos, concentram sua atenção em espaços escolhidos estrategicamente.
Minas Gerais oferece um retrato do Brasil ao ter uma amostra de eleitores parecida com a do país
Nas últimas eleições, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma venceram em Minas Gerais. Até a eleição de Bolsonaro pode ser explicada pelos votos contabilizados em Minas Gerais. E sempre que novas pesquisas surgem com os resultados, os especialistas voltam a refletir sobre essas correlação, buscando levantar probabilidades com mais precisão.
De acordo com o último levantamento da Quaest Consultoria, em julho Lula apresentava 46% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro aparecia com 28%. No entanto, a atualização de agosto mostrou que Lula tem 42% e Bolsonaro 33%, logo após a liberação do auxílio de R$ 600. A redução de 18 pontos para 9 pontos de diferença em relação aos dois, é um termômetro para identificar quem tem mais chances de vencer o pleito no mês de outubro.