Em 2020, pelo menos 28 dias do ano terminaram em 1,48 milissegundos mais rápido. É comum falar que o tempo passa depressa em alguns momentos, mas essa sensação nunca foi tão verdadeira quanto agora. O fato foi observado entre agências de monitoramento espacial, registrando uma aceleração da translação terrestre, acompanhada de um leve deslocamento.
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O raro evento resultou em uma oportunidade de realizar um encontro de astrofísicos que vai ocorrer semana que vem em Singapura. Entre os convidados, estão os pesquisadores Leonid Zotov, Christian Bizouard e Nikolay Sidorenkov. A reunião desse grupo multidisciplinar de diferentes institutos, pretende discutir o fenômeno que vem se tornando comum e suas implicações.
A oscilação de Chandler é a base para tentar explicar o fenômeno na qual a Terra gira cada vez mais rápido
Os três procuram explicações na teoria de oscilação de Chandler, que retrata esse movimento progressivo do planeta. A principal resposta está na inclinação do eixo, que se deslocou, alterando a velocidade em que a Terra gira. Contudo, as pesquisas continuam, porque foi a partir de 2020 que os físicos perceberam uma assimetria ligada às novas configurações.
As hipóteses partem de diferentes grupos interessados no assunto, mas os dados são recentes e a urgência em obter um diagnóstico considerou esse diálogo. Em relação às pessoas, o que mais sofrerá impacto futuramente é o Sistema de Posicionamento Global, conhecido como GPS, necessitando de atualizações que garantam o funcionamento de plataformas processadas em tempo real.