Nubank demite funcionário por motivo inusitado e gera revolta nas redes

Publicação causou indignação por boa parte das pessoas, chegando a receber mais de 22 mil curtidas e 1,4 mil comentários.



O Nubank viralizou nas redes sociais na última semana por um motivo não tão positivo. Isso porque um ex-funcionário do banco digital postou um relato na rede social LinkedIn dizendo que foi demitido por ser “sênior demais”. O assunto chegou a ser comentado por milhares de internautas da rede.

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O dono do post é Igor Ferreira, que atuava como gerente de desenvolvimento e aprendizado no banco digital. A publicação causou indignação por boa parte das pessoas, chegando a receber mais de 22 mil curtidas e 1,4 mil comentários. Houve também quem concordasse com a decisão do banco.

Relato do ex-funcionário

Em seu depoimento, o ex-funcionário do banco digital alegou que, em sua demissão, a justificativa usada foi de que ele havia se tornado “sênior demais para os objetivos e rumos da área”. Em outras palavras, não haveria novos desafios ou projetos para ele.

Em resposta, Igor disse que trabalhar no Nubank foi uma das experiências mais engrandecedoras da sua carreira, mas também uma das mais decepcionantes. “Tive meu contrato rescindido com este argumento pela empresa que se posiciona e canta aos quatro ventos sua “cultura” de Diversidade, Inclusão e Gestão de Talentos, mas pelo menos fui elogiado como Sênior demais”, destacou com ironia.

Para o ex-funcionário, sua contratação foi feita de forma conveniente, pois Igor é nego e LGBTQIA+. Em seu relato, ele diz que a ideia do banco digital era apenas aumentar o número de diversidade da empresa, que passava por um momento de crise de imagem após a CEO do Nubank, Cristina Junqueira, adotar uma fala problemática em entrevista ao programa Roda Vida em 2020.

“A única coisa que realmente me entristece desta situação é saber que vários dos meus [negros e LGBT+] leem, interpretam como podem, e são iludidos por toda essa maquiagem bonita de diversidade e inclusão gourmetizada, e são silenciados e não se posicionam devido à necessidade do emprego, da oportunidade, muitas vezes do sustento”, criticou Igor.

Resposta do Nubank

Ao ser questionado sobre o caso, o Nubank declarou que “não comenta casos específicos por respeito ao sigilo de seus funcionários e clientes”.

Em sua publicação, Igor marcou head de Diversidade & Inclusão da fintech, Helena Bertho, o fundador do Nubank, David Vélez, a presidente Cristina Junqueira e até mesmo a cantora Anitta, que recentemente deixou o conselho administrativo e agora é embaixadora da instituição.

Por fim, após alguns usuários chegarem a afirmar que a demissão poderia ser vista como caso de racismo e homofobia, o ex-funcionário fez questão de destacar que a ideia do depoimento não era essa, mas sim a de questionar “as práticas de gestão de talentos e D&I que são usadas para atrair candidatos”, segundo comentário adicionado ao post.




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