Após mais de dois anos de pandemia, o que muitos brasileiros realmente querem é viajar para curtir as férias. O problema é que eles podem ter que adiar esses planos por conta da alta dos preços de passagens aéreas nacionais e internacionais.
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As companhias aéreas estão repassando os custos gerados pela crise sanitária e guerra entre Rússia e Ucrânia, bem como a alta nos preços dos combustíveis. Somados a esses fatores estão a inflação generalizada e o câmbio.
Enquanto o passageiro adia as datas, Azul, Gol e Latam registraram uma disparada nas receitas do segundo trimestre. O resultado é reflexo justamente do aumento nos preços das passagens.
Inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor da inflação oficial do país, teve deflação de 0,68% em julho, a maior da série histórica iniciada em 1980. O grupo de Transportes puxou a queda após recuar 4,51% no período.
Apesar da diminuição nos preços dos combustíveis, as passagens aéreas dispararam 8,02% no último mês. Em junho, o avanço foi de 11,32%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses até a julho chegou a 77,7%.
O preço médio para viajar de avião do Brasil subiu de R$ 459,79 para R$ 682,60 (48,5%), mostram dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os cálculos consideraram valores praticados por Azul, Gol e Latam.
Receita
A Azul tem o preço médio mais alto, de R$ 777,75. O número corrobora com a receita recorde de R$ 3,92 bilhões obtida pela companhia no segundo trimestre, mais que o dobro do mesmo período período de 2021.
A Gol alcançou R$ 3,2 bilhões em receita entre março e junho de 2022, 210% acima do apurado um ano antes. Já a Latam fechou o período com receita operacional líquida de R$ 2,2 bilhões, salto de 150,5% na mesma comparação.