Quando o assunto é investimento, as primeiras coisas que vêm à cabeça são imóveis (casa própria), um carro novo ou aposentadoria privada para garantir uma vida mais confortável na melhor idade. Mas indo além dos investimentos a longo prazo, quem nunca quis simplesmente fazer as malas e viajar pelo menos uma vez por ano? Saiba que dá para fazer isso se organizando financeiramente.
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E o valor que dá para juntar no período de um ano pode surpreender: até R$ 10 mil. As formas de investimento que podem ajudar nessa meta incluem a tradicional o Tesouro Direito e o CDB. Então prepare as malas e escolha seu próximo destino e aprenda como fazer uma grana extra para usar na sua próxima viagem.
Por onde devo começar a investir?
De acordo com especialistas, o ideal é tentar encontrar soluções que ofereçam liquidez, ou seja, com o dinheiro disponível para saque a qualquer momento. Nesse sentido, podem ser vantajosos títulos públicos do Tesouro Selic e os Certificados de Depósito Bancário (CDB), que é quando os recursos aplicados são emprestados aos bancos.
O ponto positivo dessas aplicações é que elas acompanham a taxa básica de juros, protegendo o poder de compra do investidor e evitando que ele perca ganhos diante da inflação. A poupança pode ser uma forma de aplicação, porém ela remunera apenas no “aniversário” do investimento, após 30 dias. Sua vantagem é que não existem descontos sobre os lucros, como o Imposto de Renda, por exemplo.
Quantos os investimentos rendem?
Nos dias atuais, a taxa básica de juros, Selic, encontra-se em 13,75% ao ano. No caso do Tesouro Selic, o rendimento é de 13,75% + 0,0912%.
Já em relação ao CDB, o rendimento está associado ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), cuja remuneração é de 0,10 ponto abaixo da Selic, em torno de 13,65% ao ano.
Mas, afinal, quanto é necessário juntar por mês?
Segundo o professor e colaborador da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Diogo Carneiro, para conseguir juntar R$ 10 mil para usar em uma boa viagem, a pessoa deve fazer depósitos (aportes) mensais no valor de R$ 787,40 pelo prazo de R$ 12 meses.
No entanto, existe um impasse, que envolve a tributação de 20% ao ano, o que passa a ser desfavorável. O cálculo considera a inflação do período, que foi de 10,06% em 2021 e agora se encontra em 10,07% no acumulado de um ano até julho.
Aqueles que não querem perder dinheiro para inflação podem proteger o patrimônio na opção do Tesouro IPCA, cuja remuneração está acima do índice dos preços, em 5,64%. Porém, isso é para agosto de 2026, ou seja, é preciso deixar o dinheiro aplicado até o vencimento do titulo, o que não pode ser uma boa ideia para quem pensa em viajar já no ano que vem.