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Brasil registra deflação pelo segundo mês consecutivo em agosto

Resultado do IPCA foi puxado pela queda de 10,82% nos combustíveis, com destaque para a gasolina (-11,64%).



O Brasil voltou a registrar deflação em agosto, a segunda mensal consecutiva. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação no país, recuou 0,36% no último mês, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O nível é menor para o mês desde 1998. A queda foi puxada principalmente pela redução de dois dígitos percentuais nos preços dos combustíveis, mas ainda assim ficou abaixo do resultado de julho (-68%).

No acumulado dos últimos 12 meses, o aumento no IPCA é de 8,73%, o mais baixo desde junho de 2021. Essa foi a primeira vez que o indicador ficou abaixo de 10% neste ano.

“Alguns fatores explicam a queda menor em relação a julho. Um deles é a retração menos intensa da energia elétrica (-1,27%), que havia sido de 5,78% no mês anterior, em consequência da redução das alíquotas de ICMS. Também houve aceleração de alguns grupos, como saúde e cuidados pessoais (1,31%) e vestuário (1,69%), e a queda menos forte do grupo de transportes em agosto. No mês anterior, os preços da gasolina, que é o item de maior peso no grupo, tinham caído 15,48% e, em agosto, a retração foi menor (-11,64%)”, detalha o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Combustíveis puxam deflação

O grupo de Transportes foi o principal responsável pelo recuo, tendo contribuído com queda de 0,72% no índice após registrar perda de 3,37%. Dentro do grupo, o destaque vai para o preço dos combustíveis, que caiu 10,82%.

Todos os quatro produtos pesquisaram tiveram queda: gás natural veicular (-2,12%), diesel (-3,76%), etanol (-8,67%) e gasolina (-11,64%). O último produto teve o maior impacto negativo entre os 377 subitens do IPCA, de -0,67%.

Também houve redução nos preços das passagens aéreas (-12,07%), a primeira após quatro meses de altas.“Essa é uma comparação com julho, que é um mês de férias e há aumento da demanda. Além disso, foram quatro meses seguidos de alta, o que eleva a base de comparação. Também há o impacto da redução do querosene de aviação nesse período”, diz Kislanov.

Resultado por grupo

Come excessão dos Transportes, apenas o grupo Comunicação registrou deflação. Confira detalhes sobre o IPCA de agosto:

  • Alimentação e bebidas: 0,24
  • Habitação: 0,10
  • Artigos de residência: 0,42
  • Vestuário: 1,69
  • Transportes: -3,37
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,31
  • Despesas pessoais: 0,54
  • Educação: 0,61
  • Comunicação: -1,10

INPC também cai em agosto

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também mostra deflação em agosto, de 0,31%. O indicador mede a inflação para famílias que ganham entre 1 e 5 salários mínimos, assalariadas e residentes nas áreas urbanas. Com o resultado, o índice acumula alta de 4,65% desde janeiro, e de 8,83% nos últimos 12 meses.




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