O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne hoje para seu sexto encontro do ano, no qual irá definir a taxa básica de juros (Selic). As apostas são na manutenção em 13,75% ao ano ou aumento para 14% ao ano.
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A decisão será anunciada na quarta-feira, 21, quando termina a reunião do colegiado. No último encontro, a decisão foi de elevar a taxa em 0,5 ponto percentual.
Em agosto, o Copom afirmou que aumentaria a Selic em 0,25% em setembro para evitar que inflação ultrapasse a meta em prazos mais longos. Um novo reajuste para cima também pode ser influenciado pela alta dos juros nos Estados Unidos e na Europa.
De acordo com o último boletim Focus, a previsão do mercado é que a Selic feche 2022 no patamar atual, de 13,75% ao ano. O Copom tem mais dois encontros marcados até o encerramento deste ano, um em outubro e outro em dezembro.
O que é a Selic?
A Selic é a taxa básica de juros da economia adotada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Ela também é referência para outras taxas da economia, como as de crédito.
O aumento na taxa básica pelo Copom tem como objetivo encarecer o crédito e estimular a poupança para reduzir a demanda e, consequentemente, a inflação. Por outro lado, quando reduz a Selic, o plano é incentivar a produção e o consumo para aquecer a economia.
Inflação
O Conselho Monetário Nacional fixou meta de 3,5% para a inflação de 2022, com intervalo de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo. Em outras palavras, o limite superior é 5%.
No fim de junho, o BC divulgou o Relatório de Inflação que mostra que o IPCA deve fechar o ano em 8,8%, bem acima da meta. O próximo documento será publicado na próxima semana e deve trazer um resultado mais favorável, considerando que os últimos meses foram de deflação.