O mercado acompanha com atenção a decisão das maiores potências globais sobre suas taxas de juros marcadas para os próximos dias. No cenário doméstico, o Boletim Focus mostra uma queda na projeção para a inflação e um aumento na previsão para o PIB deste ano.
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Sobre os combustíveis, a Petrobras anunciou um novo corte no preço do diesel vendido em suas refinarias. Já o valor médio do botijão de gás voltou a subir no país pela terceira semana consecutiva. Confira mais detalhes sobre esses assuntos nos destaques desta terça-feira, 20.
Aumento no preço do gás
O preço médio do botijão de gás de 13 quilos subiu para R$ 113,25 na última semana, mostram dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). A alta é de 1,19% na comparação com a semana anterior, quando o produto era vendido a R$ 111,91.
A terceira semana de alta consecutiva no varejo não acompanha a redução de 4,72% anunciada pela Petrobras no dia 12 de setembro. O corte deixou o produto R$ 2,60 mais barato para as distribuidoras.
Já os preços de gasolina e diesel estão recuando nas refinarias, com o valor médio do primeiro combustível chegando a R$ 4,97 o litro nos postos brasileiros na semana passada. Esse é o patamar é o mais baixo desde fevereiro de 2021, quando o litro custava R$ 4,95.
Por sua vez, o diesel recuou R$ 6,88 para R$ 6,84 na última semana, mas os preços devem baixar ainda mais.
Corte no preço do diesel
A Petrobras informou que reduziu em 5,8% o preço do diesel vendido às distribuidoras a partir desta terça. O corte é de R$ 0,30 por litro e derruba de R$ 5,19 para R$ 4,89 o valor do litro nas refinarias da estatal.
Realizado em 12 de agosto, último corte havia reduzido o preço do combustível de R$ 5,41 para R$ 5,19 o litro.
“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, afirmou em nota.
O preço médio registrado nas bombas foi de R$ 6,84 na semana passada, queda de 0,58% em relação à semana anterior. O valor é o mais baixo desde a semana terminada em 7 de maio de 2022, quando chegou a R$ 6,63.
Economias globais fixam taxas de juros
O Brasil e os Estados Unidos definem suas novas taxas de juros na próxima quarta-feira, 21. O movimento será repetido na quinta-feira, 22, por outras duas das maiores economias globais, Inglaterra e Japão.
A expectativa do mercado é que o ciclo de alta dos juros brasileiros está próximo do fim, por isso a aposta é de aumento de apenas 0,25 ponto percentual. Se isso se confirmar, a Selic vai a 14% ao ano.
Analistas também acreditam que o Banco Central (BC) deve manter os juros em alta até meados de 2023 para conter a inflação, mas pode começar a reduzir as taxas no próximo ano.
Boletim Focus: nova projeção para inflação e PIB
O Boletim Focus divulgado ontem pelo Banco Central mostra que o mercado financeiro passou a esperar uma inflação menor para 2022 e 2023. Os dados também mostram uma expectativa maior de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano.
Com a mudança, a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) cai de 6,40% para 6,00% em 2023; e de 5,17% para 5,01% no próximo ano. Essa foi a 12ª semana seguida de queda nas projeções para a inflação deste ano.
Já a previsão de alta do PIB avançou de 2,39% para 2,65% em 2022, mas foi mantida em 0,50% para 2023.
O documento do BC também traz estimativas para o dólar, cuja expectativa se mantem estável há oito semanas. O valor previsto é de R$ 5,20 por US$ 1 neste e no próximo ano.