Recentemente o Governo Federal fez uma reserva de R$ 11,6 bilhões para o reajuste dos salários dos servidores do Executivo em 2023. O valor foi incluso na proposta de Orçamento. A correção será de pelo menos 4,85%, logo fica abaixo do número previsto nas reivindicações que os servidores fizeram por meio das últimas manifestações.
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Ainda no projeto, o governo enviou ao Congresso a previsão de R$ 1.302 para o salário mínimo. Novamente o valor não tem qualquer aumento real e não altera o poder de compra do trabalhador brasileiro. De toda forma, essa é apenas uma estimativa, já que o resultado depende da inflação no final do ano.
Reajuste dos salários dos servidores
A reserva total do governo é de R$ 14,2 bilhões para o reajuste dos salários dos servidores públicos federais, contudo a maior parte – cerca de R$ 11,6 bilhões – é destinada apenas para os funcionários do Executivo.
A regulação prevista está muito abaixo do esperado. A cobrança dos servidores do Banco Central, por exemplo, era de pelo menos 27%. Ao que tudo indica, a proposta da equipe não será suficiente para amenizar as perdas.
Apesar disso, o governo antecipou que há a possibilidade de uma negociação.
Dessa forma, o valor seria apenas uma referência para fechar o Orçamento 2023. A equipe não deu mais detalhes sobre os reajustes, ou seja, de como funcionarão os acréscimos. As discussões nos bastidores do governo apontam uma possibilidade de aumentos para apenas algumas carreiras, por exemplo.
Muitos servidores estão com os salários congelados há mais de cinco anos. A depender das escolhas da equipe, esses aumentos seletivos podem render mais reações no ano que vem. Ainda na proposta, a equipe incluiu uma reserva de R$ 2,85 bilhões para a realização de concursos públicos, dada a possibilidade de preencher mais de 32 mil vagas.
Outro ponto que merece atenção é que o planejamento para o Orçamento enviado pelo governo para o ano que vem prevê o Auxílio Brasil no valor de R$ 400, ou seja, não há planos de realizar uma manutenção dos atuais R$ 600.
A estimativa é de que R$ 105 bilhões serão destinados ao programa que pode atingir até 21,6 milhões de famílias ainda em 2022. O projeto começa a tramitação no Congresso por meio da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
