Nubank vai declarar falência? O que está acontecendo com o banco?

Anúncio sobre mudança em programa de BDRs gera pânico e disseminação de notícias falsas entre os clientes da empresa.



Desde que anunciou uma mudança no seu programa de BDRs, o Nubank tem sido alvo de notícias falsas e desinformação. Vídeos com conteúdo alarmista que circulam nas redes sociais e aplicativos de mensagem afirmam que o cliente deve correr para tirar seu dinheiro, já que o banco vai fechar.

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Não é nada disso: a instituição NÃO FALIU, nem tampouco tem planos de sair do Brasil. Então qual o motivo de tantos vídeos e mensagens espalhando essa notícia? Para analistas, a confusão é resultado de uma má comunicação da fintech sobre o fim do seu programa de BDRs nível 3.

Listagem dupla e mudança nos BDRs

Em 2021, o Nubank fez sua oferta pública de ações suas ações na bolsa de Nova York (NYSE) e também listou-se na bolsa do Brasil (B3). Por aqui, a empresa negocia recibos que representam os papeis vendidos no exterior, os chamados BDRs (ou “Brazilian Depositary Receipts”).

Uma empresa que tem BDRs na B3 pode escolher um dos três níveis existentes, cada um deles com exigências regulatórias diferentes. O escolhido foi o nível 3, que demanda registro como companhia aberta junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulatório brasileiro.

Por meio do programa NuSócios, o banco digital ofereceu gratuitamente cerca de 7,5 milhões de BDRs a clientes brasileiros que quisessem se cadastrar na NuInvest, sua corretora.

Fim do programa de BDRs nível 3

No dia 15 de setembro, a empresa enviou aos investidores um comunicado afirmando que iniciará um “processo de descontinuidade de seu Programa de BDRs Nível III”. A mudança resultará no cancelamento do seu registro como companhia aberta na CVM.

O banco informou que o objetivo é evitar as “redundâncias consequentes de uma companhia aberta em mais de uma jurisdição”, e que por isso vai alterar seu BDR para nível 1. Com a migração, não será mais necessário ter o registro.

O cliente tem BDRs poderá vendê-los na bolsa brasileira ou norteamericana; trocá-los para nível 1; ou transformá-los em ações na bolsa de Nova York.

Em resumo, o Nubank quer reduzir o desgates de ter que cumprir as regras em dois países diferentes, mas suas operações no Brasil seguem firmes. Ou seja: o anúncio nada tem a ver com a falência da empresa.




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