A Petrobras anunciou uma nova redução nos preços da gasolina vendida em suas refinarias, a quarta consecutiva desde junho. O corte de 7,08%, de R$ 3,53 para R$ 3,28 o litro, começa a valer no dia 2 de setembro.
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A queda acumulada no valor repassado às distribuidoras chega a 19,2% em menos de três meses. No mesmo intervalo, o combustível ficou cerca de 29% mais barato para o consumidor final, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Entre meados de junho e o final de agosto, o preço da gasolina caiu de R$ 7,39 para R$ 5,25 o litro nos postos brasileiros. Entenda o que explica essa redução tão significativa em tão pouco tempo.
Motivos para o corte
A principal razão que levou a Petrobras a diminuir seus preços é a queda do petróleo no mercado internacional. O barril chegou a US$ 140 no início da guerra da Ucrânia, mas nas últimas semanas operou abaixo dos US$ 100.
Outra parte do valor que chega ao consumidor final corresponde aos impostos. Em junho, o governo zerou tributos federais que incidem sobre os combustíveis e limitou a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS) cobrado pelos estados. Na época, os impostos federais correspondiam a cerca de 10% do preço da gasolina vendida nos postos, de acordo com a Petrobras.
Futuro
Para os próximos meses, a previsão é que o valor se estabilize ou siga caindo por mais algum tempo. Segundo o líder de análise da Warren Investimentos, Frederico Nobre, a expectativa “é de que não ocorram novos aumentos do preço de gasolina esse ano”.
“É possível que a gasolina se mantenha nos patamares atuais ou até caia um pouco mais no decorrer de 2022”, acrescenta.
A previsão é um pouco diferente para o próximo ano, já que o cenário ainda é incerto. “Acho que tem que esperar um pouco mais para a gente conseguir se aprofundar. Existe uma eleição aí no meio do caminho que pode modificar a medida do ICMS, a questão toda da PEC dos benefícios, enfim, então preferimos esperar para entender”, completa.