Você pode ter perdido: Governo negocia diesel com a Rússia; 30% dos brasileiros estão em insegurança alimentar; Estados pedem mudança na compensação por ICMS; TRFs pagam R$ 11 bi em precatórios

Insegurança alimentar dos brasileiros e insatisfação dos estados com compensação por corte do ICMS estão entre os principais assuntos.



Cerca de 30% das famílias brasileiras estão em situação de segurança alimentar moderada a grave. Os dados alarmantes foram divulgados na última quarta-feira, 14, pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN).

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No campo econômico, o presidente Jair Bolsonaro declarou em entrevista que está negociando o fornecimento de diesel mais barato com a Rússia. Já os estados querem mudança no formato de compensação pelas perdas geradas após a limitação do ICMS sobre combustíveis e outros produtos essenciais.

A boa notícia é que milhares de segurados do INSS terão acesso a R$ 11 bilhões em precatórios pagos pela Justiça. Veja mais detalhes nos destaques do destaques desta quinta-feira, 15.

3 em cada 10 famílias sofrem com segurança alimentar

Quatro anos desde o início do governo de Jair Bolsonaro, a fome ainda atinge uma parcela expressiva da população brasileira. De acordo com dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN), pelo menos 125,2 milhões de famílias estão em situação insegurança alimentar.

Em pelo menos 30% dos lares, os cidadãos tiveram dificuldades e precisaram reduzir a quantidade de algum produto alimentício. O fenômeno é considerado insegurança alimentar moderada ou grave.

Incluindo a parcela em insegurança leve, a preocupação com a disponibilidade de alimentos e até mesmo a fome atingem seis em cada dez famílias do país.

No recorte por região, Norte e Nordeste são as mais afetadas. O estado com o maior número de casos de alimentação insuficiente é Alagoas, onde 36,7% das famílias se encontram nessa situação. A lista segue com Amapá (32%) e Pará e Sergipe (30%).

O levantamento também revela que a fome entre as famílias com crianças menores de 10 anos quase dobrou, passando de 9,4% em 2020 para 18,1% em 2022. Entre os domicílios onde vivem apenas adultos, a segurança alimentar atinge 47,4% dos brasileiros.

Governo negocia diesel mais barato com a Rússia

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a declarar na última terça-feira, 13, que está negociando a compra de diesel mais barato com a Rússia. O acordo, é uma tentativa para reduzir o preço do combustível, vem sendo trabalhado há pelo menos três meses.

“Estamos negociando com Putin o fornecimento de diesel mais barato”, disse Bolsonaro. Segundo ele, as discussões estão sendo encabeçadas pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e pelo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade.

A compra de diesel russo vai reduzir do frete e, como consequência, o preço de produtos alimentícios, segundo o chefe do Executivo. Ele afirma que o movimento deve desacelerar a inflação do país.

A Rússia vem sofrendo sanções internacionais desde a invasão à Ucrânia, por isso tem encontrado dificuldades em vender seus combustíveis. O governo Bolsonaro não acompanha a decisão de outras nações, e segue negociando com o país.

Estados querem mudança da compensação por corte no ICMS

Os governadores dos estados não receberam bem a portaria que regulamenta a compensação da União pela queda na arrecadação gerada pelo corte no ICMS. Responsável por boa parte dos ganhos das unidades da federação, o tributo sobre combustíveis, energia, transporte e comunicações foi limitado pelo governo.

Na portaria editada pelo Ministério da Economia, fica definido que só haverá ressarcimento pelo valor que exceder 5% de perda. Os secretários de Fazenda estimam prejuízo de R$ 48 bilhões até o fim do ano.

O documento também considera valores nominais, excluindo os efeitos da alta da inflação, e prevê a compensação principalmente por meio de desconto nas dívidas com a União.

Os entes federativos defendem compensação mensal e integral das perdas, inclusive quando ela for inferior a 5%. O assunto ainda está aberto a discussão, uma vez que o Congresso não concluiu sua análise.

TRFs pagam R$ 11,151 bilhões em precatórios

Os Tribunais Regionais Federais (TRFs) iniciaram o pagamento de R$ 11,151 bilhões em precatórios para beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O grupo inclui 104.599 aposentados, pensionistas, segurados de auxílios e pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Precatórios são ordens de pagamento que envolvem valores acima de 60 salários mínimos, hoje equivalentes a R$ 72.720. Eles servem para quitar dívidas da União, dos estados, dos municípios e de suas autarquias e fundações.

O CJF libera os recursos para que os TRFs repassem aos cidadãos em contas da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. O calendário definido pelo órgão responsável por cada região, mas a previsão é que os recursos estejam nas contas ainda na primeira quinzena de setembro.

A consulta dos valores, datas de pagamento e outras informações deve ser feita no site do TRF que atende o estado onde o processo foi protocolado. Veja os endereços:




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