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Auxílio Brasil: famílias não sabem que CONSIGNADO reduz benefício

Ao serem entrevistadas, pessoas que estavam nas filas das agências para contratar o serviço disseram desconhecer o desconto das parcelas direto do programa.



Muitas das famílias que contratam o empréstimo consignado Auxílio Brasil acabam não se atentando para uma das regras principais da modalidade de crédito: o desconto das parcelas diretamente do benefício todos os meses. Ou seja, existe a dúvida sobre como será feito o pagamento do crédito.

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Em entrevista para o G1, que conversou com pessoas que estavam nas filas das agências para contratar o serviço, muitos beneficiários disseram não saber que as prestações do empréstimo seriam descontadas do próprio benefício.

“Soube que vou ter de me sacrificar depois, mas acho que vale a pena. Pelo menos, nesse fim de ano, a gente sai do sufoco, né?”, disse um dos entrevistados. Em boa parte dos relatos, o uso do dinheiro já está definido, seja para resolver algum problema pontual ou investir no crescimento de atividade profissional.

No entanto, para especialistas, o consignado do Auxílio Brasil é visto com pessimismo, pois apesar de haver um limite nos descontos das parcelas, a previsão é que o benefício, atualmente em R$ 600, reduza para R$ 400 a partir de janeiro de 2023. Quem utilizar o máximo da margem de crédito, por exemplo, poderá receber apenas de R$ 240 do programa no ano que vem.

Como funciona o desconto do empréstimo Auxílio Brasil?

O empréstimo consignado Auxílio Brasil funciona da mesma maneira como o consignado dos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e dos servidores públicos. Abate-se o valor da parcela diretamente do benefício ou salário todos os meses, até sua total quitação, no desconto direto da fonte.

Mas existe uma regra para quem recebe o Auxílio Brasil: as parcelas não podem comprometer mais que 40% do valor mensal do benefício, neste caso, o equivalente a R$ 160. Além disso, a taxa de juros não pode ser superior a 3,5% ao mês – bancos podem colocar abaixo desse patamar se desejarem. O prazo para pagamento é de 24 meses e o valor máximo gira na média de R$ 2.600.

Criticada por especialistas, a medida é vista como arriscada pela população mais carente, com grandes chances de acabar gerando o endividamento da população mais vulnerável. Importante destacar que, em caso de exclusão da folha de beneficiários, o cidadão deve pagar por conta própria as parcelas do empréstimo.

Foto: Joa Souza/Shutterstock




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