Milhões de trabalhadores e segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) têm o salário mínimo como referência para sua remuneração. Atualmente, o menor valor que o empregador pode pagar aos seus funcionários está fixado em R$ 1.212.
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Mas o piso nacional passa por reajuste todos os anos, medida que tem como objetivo evitar perdas do poder de compra da população. Conforme a inflação vai subindo ao longo do ano, o mínimo vai sendo “corroído”.
Para os especialistas, é importante que o valor estabelecido seja sempre equilibrado, já que dessa forma consegue reduzir a pobreza, mas sem impedir contratações ou aumentar o nível de desemprego no país.
Reajuste no salário mínimo 2023
Em agosto, o governo federal enviou ao Congresso Nacional a proposta de Orçamento da União para 2023, documento em que consta a previsão para o piso nacional do próximo ano. De acordo com ele, ele deve chegar a R$ 1.302.
A correção considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), um dos principais medidores da inflação no país. Para 2022, o Ministério da Economia estimava que o índice acumularia alta de 7,41%.
Acontece que o percentual está defasado, já que a pasta divulgou previsões mais recentes e passou esperar o INPC a 6,4% em 2022. Se isso se confirmar, o salário mínimo será de R$1.292 no ano que vem.
Mínimo necessário
Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor ideal do mínimo está bem acima da quantia nominal que os brasileiros recebem atualmente. A diferença é de cerca de 5,2 vezes.
O piso necessário para garantir as necessidades básicas de uma família com quatro integrantes seria de R$ 6.298,91, conforme a pesquisa divulgada pela entidade. Nessa quantia, estão inclusos gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
