Financiar carro está mais difícil: sete em cada dez pedidos são recusados

Os bancos estão inseguros! O risco de inadimplência diante do cenário de dificuldade financeira de muitas famílias tem feito com que financiamentos sejam recusados.



Os brasileiros estão com mais dificuldades ao tentar realizar o parcelamento de um carro. Sete em cada dez pedidos de financiamentos são recusados pelos bancos. O motivo é a preocupação com os riscos de inadimplência diante do cenário de dificuldade financeira de muitas famílias. Mais de 79% dos brasileiros têm dívidas.

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É o que aponta o levantamento de agosto da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os dados são do mês anterior. O poder de compra das famílias está menor. Como consequência disso, a inadimplência não para de crescer no país.

Pedidos de financiamentos recusados

O mercado automotivo começa a se recuperar das perdas sofridas durante a pandemia da Covid-19. A oferta de veículos novos está maior. A questão agora está na dificuldade de encontrar pessoas que estejam com condições financeiras para arriscar uma compra tão alta, comprometendo grande parte do orçamento.

A tentativa é recorrer aos financiamentos, mas os bancos estão com o pé atrás. O risco de endividamento é maior agora, especialmente diante do cenário atual. O resultado disso é que sete a cada dez pedidos são recusados.

Quem depende de um carro para trabalhar ou simplesmente não quer ficar refém do transporte público, ainda mais precário nas pequenas cidades, sabe que a saída é apostar na compra de um automóvel seminovo ou usado.

Muitos brasileiros têm recorrido aos amigos e familiares para conseguir crédito, mesmo para a compra dos seminovos, que também estão com os valores mais elevados para acompanhar o preço dos modelos zero quilômetro.

O financiamento tem sido uma barreira justamente por causa do risco maior de inadimplência aos quais as pessoas estão expostas. Mesmo que muitas pessoas usem o veículo para trabalho, ele é considerado algo dispensável na lista de prioridades. Esse é o entendimento de alguns, principalmente em momentos de maior aperto financeiro.

É por essa razão que os bancos estão mais receosos ao liberar o crédito para os consumidores. Eles acreditam que o compromisso com o pagamento do carro não está em primeiro lugar na lista de responsabilidades do cidadão.




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