Um novo e turbulento capítulo parece que está para começar na história do homem assassinado que ganhou R$ 47,1 milhões em um sorteio da Mega-Sena em 2020. A divisão do patrimônio pode enfrentar impasses na Justiça. Entenda o que está acontecendo no momento e quem fica com a herança.
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Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, foi morto há duas semanas. Ele não deixou esposa, filhos ou nem pais vivos. Dessa forma, o patrimônio tem que ser direcionado para os irmãos. Lucas tinha dois: um irmão e uma irmã.
Quem fica com a herança?
A grande barreira no momento tem relação com o inventário. Ele pode custar até 20% do valor total da fortuna do falecido. Os irmãos não têm recursos para isso, pois são de origem humilde, assim como era o ganhador do prêmio.
Por essa razão, a partilha da herança está mais complicada. De acordo com Thiago Sena, especialista na área, o ideal seria que o ganhador tivesse feito um seguro capaz de arcar com os custos do processo do inventário. Contudo é claro que nem ele nem ninguém imaginava a tragédia e toda a situação que envolveria o ganhador do prêmio.
A depender da situação dos irmãos, eles podem não ter acesso à herança. Isso quer dizer que, sem a possibilidade de fazer o inventário, eles devem ficar sem o dinheiro! É preciso considerar toda a grana com custo de 20% do valor.
Com todo esse cenário, o processo de inventário pode levar anos. Nesse caso em especial, do ganhador da Mega-Sena que não está mais entre nós, a previdência privada poderia ser a solução. Ela não entra em processo de inventário e do imposto de transição de causa mortis.
De qualquer forma, a melhor solução seria, segundo Thiago, o seguro de vida. Somente ele conseguiria trazer a solução ideal para a família no momento da partilha dos bens deixados pelo ganhador do prêmio milionário.