Mudanças no PIX pelo Banco Central? Quem serão os brasileiros afetados?

Diante dos inúmeros casos de roubo e transferências sob coação e ameaça, autoridade monetária decidiu implementar novas regras. Confira!



O Banco Central (BC) analisa implementar mudanças e reformular o PIX em todo o país. O objetivo é melhorar a segurança do sistema de pagamento, como reaver valores desviados por fraude ou golpe e acabar com as chamadas “contas laranjas”, que são usadas para a distribuição de dinheiro das vítimas entre diferentes destinatários.

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Até então, as ideias para a renovação tinham sido apesentadas em um encontro entre um grupo de trabalho de segurança, que contou com a participação do mercado e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Diante dos inúmeros casos envolvendo a transferência sob ameaça via PIX ou em caso de perda e roubo do celular, o Banco Central decidiu agir e acatar algumas mudanças.

Função “ramificação de valores”

Uma das mudanças para o sistema de pagamentos inclui a criação de uma notificação automática, nomeada “ramificação de valores”. O nome foi usado como referência aos criminosos que roubam dinheiro das vítimas e enviam as quantias para outras “contas laranjas”, dificultando o rastreio pelas autoridades.

Neste caso, segundo o relatório do BC, a medida propõe a “abertura automática de eventos para casos de triangulação de valores utilizando o PIX”. Atualmente, entre o momento que o cliente descobre a fraude e faz a contestação do valor junto ao banco, as chances de bloqueio e recuperação do dinheiro acabam sendo menores

Bloqueio de contas

Além disso, na reunião, o grupo também decidiu ampliar o bloqueio da conta de destino dos recursos e de todas as contas subsequentes do primeiro favorecida, no que foi chamado de “a quinta ramificação”.

Como forma de melhorar ainda mais a medida de segurança, os participantes estabeleceram o prazo mínimo de 30 minutos após o recebimento da transação para a abertura de uma ramificação.

Boa parte dessas alterações são vistas como complexas pelo grupo de trabalho, que estima como prazo para desenvolvimento das ações em, no mínimo, oito meses, além de outros dois para a homologação. Nesse sentido, a previsão é que as novas medidas de segurança do PIX entrem em vigor a partir a partir de 2023.

Foto: Marciobnws/Shutterstock




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