O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está autorizado pelo Banco Central a oferecer empréstimos a partir de agora. A empresa então amplia o portfólio de serviços, já que até então não fazia a liberação de crédito. O capital inicial será de R$ 600 milhões. Isso pode beneficiar a muitos brasileiros.
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A liberação de empréstimo vai ser realizada por meio da nova fintech criada pelo Sebrae, que recebe o nome de Sebraecred. Até então, o Sebrae atuava apenas com a consultoria para pequenas empresas, sem a oferta de crédito como uma sociedade de crédito direto (SCD).
Sebrae começa a oferecer crédito
O capital inicial investido foi bem acima do que é registrado por outras sociedades. Geralmente elas iniciam com R$ 1 milhão e ampliam a oferta de maneira gradativa. Com a autorização do Banco Central, agora o Sebrae começa a oferecer empréstimos por meio da plataforma online. Ele vai usar recursos próprios, ou sjea, sem dinheiro público.
Confira abaixo outros serviços oferecidos pela empresa, além da oferta em questão:
- Análise de crédito para terceiros;
- Cobrança de crédito de terceiros;
- Distribuição de seguro ligado a operações concedidas através de plataforma eletrônica;
- Emissão de moeda eletrônica.
Antes de se tornar uma sociedade de empréstimo direto, o Sebrae oferecia apenas o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), que já avalizou mais de 479 mil operações, viabilizando R$ 25,3 bilhões em crédito.
Com o serviço, a empresa é responsável pelas operações de crédito para pequenos negócios em mais de 20 instituições financeiras. Entre as parceiras, temos a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. O Sebrae também é reconhecido por atuar como facilitador, indicando as linhas de acesso aos bancos.
O Banco Central autorizou a criação de outras duas sociedades de crédito direto. Uma delas é o Grupo Bamaq, que inicialmente era uma rede de concessionárias e ampliou para consórcios, seguros e mais áreas. E também a Via Capital, que trabalha com fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC) há mais de dez anos.