Virou notícia nos últimos dias o aumento nos preços dos combustíveis, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No caso da gasolina, o valor médio foi de R$ 4,86 para R$ 4,88, um escalada de 0,41%. Esta foi a segunda semana consecutiva de subida para o derivado do petróleo após semanas de quedas iniciadas em junho.
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No caso do diesel, o preço médio do litro avançou 1,22%, indo de R$ 6,51 para R$ 6,59, primeira alta do produto também desde o mês de junho. Já em relação ao etanol, o litro passou de R$ 3,46 para R$ 3,54, um aumento de 2,31% nos resultados obtidos na última semana. Diferente dos demais, esta foi a terceira alta consecutiva no preço do combustível.
Queda no preço dos combustíveis
Apesar de o valor máximo registrado para a gasolina ter sido de R$ 6,99, a quantia ainda está abaixo da realidade de meses atrás, em que era possível encontrar o combustível sendo comercializado na casa dos R$ 7, R$ 8 e até 10. Valores históricos nunca antes alcançados desde o início do levantamento semanal da ANP sobre os combustíveis, no ano de 2004.
E para conter esse avanço desenfreado, que puxava a inflação, o Congresso Nacional aprovou a emenda que fixa um limite no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre 17% e 18% sobre a venda de gasolina, diesel e etanol.
Com a medida, o preço da gasolina recuou nos últimos três meses, indo parar na casa dos R$ 5. Houve insatisfação por parte de governadores dos estados, que alegaram redução na arrecadação. Além do ICMS, impostos federais PIS/Pasep e Cofins também entraram no corte que ajudou na redução do combustível.
Combustíveis podem aumentar daqui para frente?
Observando o panorama geral, tudo indica que o diesel e a gasolina continuarão em alta, mesmo após os sinais de estabilização dos preços presente no resultado do último levantamento da ANP.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), existe o alerta para uma defasagem de 12% entre o preço médio da gasolina nas refinarias e a paridade internacional, método para cálculo dos reajustes usados pela Petrobras. Na comparação com o diesel, a defasagem pode ser ainda maior, em torno de 16%.
Importante lembrar que, há 20 dias, a Petrobras não faz reajustes no diesel e há 38 dias no preço da gasolina. No entanto, com a subida do valor do petróleo no mercado internacional, ficará cada vez mais difícil para a petroleira segurar os aumentos repassados ao consumidor do mercado interno.