Dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) mostram que o desemprego registrou uma queda de 8,9% em agosto. Mesmo com a redução, o Brasil tem mais de 9,7 milhões de pessoas desempregadas no momento que seguem em busca de uma recolocação no mercado de trabalho, mas apresentam dificuldades.
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A pesquisa é conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado indica que a taxa de desemprego ficou abaixo de dois dígitos pela primeira vez desde julho de 2016. É possível renovar as esperanças?
Queda no desemprego
Mesmo diante dessa redução nos números assustadores, outra realidade merece a nossa atenção. É a precariedade das condições de trabalho. A retomada na oferta de vagas não veio acompanhada de bons salários. Muitos brasileiros aceitam os empregos por falta de opção depois de longos meses à procura de uma oportunidade.
Ninguém quer deixar o emprego escapar. As vagas são, em grande maioria, no setor de serviços. É um dos segmentos que apresentou uma considerável retomada depois dos resultados negativos provocados pela pandemia da Covid-19. O desempenho da economia vai ser fator decisivo nos últimos três meses de 2022.
A expectativa é de desaceleração econômica. Como consequência, a oferta de empregos também deve ser menor.
Segundo os dados do IBGE, a queda representa uma redução de 0,9 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, finalizado em maio. Agora o Brasil tem um total de 99 milhões de pessoas ocupadas. Ainda de acordo com os dados, três atividades tiveram maiores influências para a queda no desemprego em agosto.
A redução no número de pessoas sem emprego foi resultado de uma oferta maior de oportunidades nos setores de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas. Essas três áreas foram responsáveis por recolocar 566 mil pessoas no mercado de trabalho.
A pesquisa indicou também que o grupo de trabalhadores por conta própria está em 25,9 milhões de pessoas. O número está em estabilidade na comparação com os três meses anteriores. Outro ponto é que o número de empregados no setor público cresceu 4,1%, algo que representa 12,1 milhões.