Segundo uma pesquisa feita por analistas e publicada pelo banco central da Argentina, a inflação anual do país pode chegar a 100,3% em 2022. Os dados, divulgados nesta quinta-feira, 6, apontam um salto de 5,3 pontos percentuais na comparação com a previsão anterior.
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Como mostra a Pesquisa das Expectativas de Mercado, a previsão era aguardada diante da extensa crise financeira e social que a Argentina enfrenta. Atualmente, o país possui a terceira maior economia de toda a América Latina.
Inflação mensal
Segundo as estimativas, a inflação mensal no país deve chegar a 6,7%, pouco abaixo dos 7% registrados no mês de agosto. Já para 2023, a projeção é de inflação em 90,5%, estimativa bem acima da anterior, que era de 84,1%.
Para o ano que vem, o governo argentino prevê uma inflação em 60%, segundo sua proposta de Orçamento. Essa grande recessão econômica na Argentina tem levado milhares de pessoas às ruas, que exigem ações eficazes para o combate da alta dos preços, que afeta principalmente os mais pobres.
Crescimento econômico
Apesar da inflação nas alturas, a taxa de pobreza na Argentina teve leve queda, indo de 37,3% no segundo semestre de 2021 para 36,5% no primeiro semestre deste ano.
O levantamento foi feito entre os dias 28 e 30 de setembro. Especialistas, contudo, elevaram suas projeções de crescimento econômico de 3,6% para 4,1% em 2022 no país vizinho ao Brasil.